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Capital

Inquérito sobre agressão e morte em lava jato é encaminhado à Justiça

Adriano Fernandes | 02/06/2017 18:24
Wesner trabalhava junto com os suspeitos que o agrediram em um lava jato da Capital. (Reprodução)
Wesner trabalhava junto com os suspeitos que o agrediram em um lava jato da Capital. (Reprodução)

Foi encaminhado à Justiça, na quarta-feira (31), o inquérito policial sobre a morte de Wesner Moreira da Silva, 17 anos, depois de ter uma mangueira introduzida no anus no dia 03 de fevereiro em um lava jato de Campo Grande.

Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30, suspeitos do crime, foram indiciados por homicídio doloso pelo concurso de pessoa mas continuam em liberdade. Cabe agora a justiça definir como será dado o procedimento ao caso.

O processo tramita em segredo de justiça na 18ª Promotoria de Justiça do Ministério Público e que é ligada a 1ª Vara do Tribunal do Júri. O promotor José Arturu Iunes Bobadilla Garcia é o titular da promotoria.

Indiciamento – No fim da tarde do último dia 24, Thiago e Willian foram ouvidos novamente pela polícia, “mas não acrescentaram nada mais ao procedimento, além do que já haviam dito no dia do registro da ocorrência”, comentou o delegado responsável pela investigação, Paulo Sérgio Lauretto da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente).

O parecer médico solicitado pelo delegado havia confirmado a versão das testemunhas e do próprio Wesner de que a mangueira havia sido introduzida no garoto, ao contrário do que haviam alegado, anteriormente os suspeitos. O advogado dos suspeitos não foi encontrado pela reportagem.

Caso - O caso foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (3), mesmo dia que ocorreu o crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.

Wesner teve uma hemorragia grave e uma parada cardiorrespiratória. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, onde o adolescente de 17 anos estava internado há 11 dias, ele morreu às 13h35 do dia 14 de fevereiro depois que médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos.

No período em que esteve internado, o adolescente já havia passado por dois procedimentos cirúrgicos após perder metade do intestino grosso em decorrência da agressão. Em termos técnicos, Wesner morreu após sofrer um choque hipovolêmico (grande sangramento na região toráxica) seguida de parada cardiorrespiratória.

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