Incêndio em lava jato onde Wesner foi agredido continua 'sem autor'
A Polícia Civil ainda não sabe quem teria causado incêndio no lava jato onde o adolescente Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, foi violentado com uma mangueira de ar comprimido no ânus. Ele ficou 11 dias internado e morreu na tarde de terça-feira (14) após uma hemorragia e piora gradativa do quadro de saúde.
De acordo com a delegada Célia Maria Bezerra, da 4ª DP (Delegacia de Polícia Civil), nesta semana os suspeitos de agredirem Wesner, Thiago Giovanni Demarco Sena, de 20 anos, dono do lava jato, e Willian Henrique Larrea, de 30 anos, foram ouvidos mas disseram não saber quem possa ter incendiado o prédio.
"O Thiago comentou que no dia do incêndio recebeu ameaças, mas todas elas eram direcionadas a integridade física e não ao material, no caso, o lava jato. Ele também não disse se suspeitava de alguém da família do Wesner", comenta a delegada.
Por causa do incêndio, Thiago disse que perdeu geladeira, ar-condicionado e um celular iPhone, além de papéis com os débitos de alguns clientes do lava jato. Ele estimou que o prejuízo foi de cerca de R$ 35 mil.
Câmeras - A polícia também foi até duas residências vizinhas ao lava jato, que tinham circuito de câmeras, no entanto elas não registraram a fuga de ninguém, já que nem funcionando estavam.
O único local onde a polícia conseguiu imagens foi em um estabelecimento comercial próximo, mas no horário do incêndio a câmera também não registrou ninguém no local. "Quem quer que tenha incendiado o local, provavelmente saiu pelas ruas laterais do lava jato ou fundos", opina Célia.
O dono do lava jato também havia dito durante depoimento que iria levar à polícia uma menina que, supostamente, teria ouvido quem poderia ser o autor do incêndio no local. Entretanto, a afirmação foi dada antes da morte de Wesner e antes de ser realizado um pedido de prisão preventiva.