Um mês após morte de Wesner, família faz homenagem e quer Justiça
Cerca de 25 pessoas, entre amigos e familiares do adolescente Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, realizaram uma homenagem ao garoto um mês após a morte dele. O garoto foi agredido com uma mangueira de ar comprimido em um lava jato onde trabalhava, na Vila Morumbi - região sul de Campo Grande -, e morreu depois de vários dias internado.
"É um sentimento terrível pelo qual passamos. Além de perder o Wesner, a Justiça não dá uma posição, não dá nada. Uma fala uma coisa, outro fala outra. Nunca sai esse mandado de prisão", reclama o tio da vítima, Elson Ferreira, de 52 anos.
A homenagem de hoje aconteceu no local onde o adolescente está enterrado, o cemitério Monte das Oliveiras, na avenida Guaicurus, Jardim Campo Alto - também região sul da cidade.
Ele ainda frisa que a família vai fazer de tudo para não deixar o crime cair no esquecimento. "Parece que não temos ninguém do nosso lado, só a imprensa que está divulgando e a advogada que está batalhando", comenta.
No próximo sábado (18), os familiares planejam também realizar uma passeata pelo bairro onde o jovem morava, o Pioneiros. "Vamos nos reunir às 14h na rua Padre Damião, 748, e sair pedindo Justiça", explica Elson.
No mesmo bairro, segundo o tio de Wesner, moram familiares de Willian Henrique Larrea, de 30 anos, funcionário do lava jato que, junto ao dono do local, Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, fizeram a "brincadeira" que resultou em morte.
"O cara vem quase sempre do lado aqui de casa. A comunidade já ficou sabendo, ele vem à noite. A comunidade não está gostando e a gente não sabe o que pode acontecer. Por isso cobramos que haja Justiça logo, para evitar o pior", diz Elson.