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Capital

Família diz estar aliviada após prisão de homem suspeito de matar namorada

Bruna de Moraes Aquino foi assassinada em setembro de 2021 e suspeito foi encontrado em outubro deste ano

Por Ana Paula Chuva | 08/11/2023 14:13
Ewerton saindo da 4ªDP, dez dias após matar Bruna Moraes e fingir não saber quem era o assassino (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Ewerton saindo da 4ªDP, dez dias após matar Bruna Moraes e fingir não saber quem era o assassino (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

A prisão de Ewerton Fernandes da Silva, 35 anos, deixou a família de Bruna Aquino, 22 anos, aliviada. O homem é suspeito de matar a jovem a tiros no dia 1º de setembro de 2021, no Jardim Itamaracá, em Campo Grande, e foi encontrado no dia 30 de outubro deste ano.

Ao Campo Grande News, a técnica de enfermagem e tia da jovem, Bruna Moraes, 34 anos, relatou que ficou sabendo da prisão porque um conhecido foi avisá-la. “Ontem, um conhecido veio perguntar se eu estava sabendo da prisão e aí fui atrás da informação, mas até então, eu não sabia de nada. Ficamos aliviados com a notícia e esperamos que a verdade agora apareça e ele seja homem de confessar o crime”, disse Bruna.

Segundo ela, a família não tem muitas informações sobre como a prisão do homem aconteceu, mas algumas pessoas alegaram que ele foi encontrado por equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana) no Bairro Tiradentes.

“Eles disseram que foi a equipe da guarda que encontrou ele no Tiradentes. Eu sei que ele estava com mandado de prisão porque o delegado veio na casa onde a irmã dele morava e me falou que ele estava foragido e estava com a prisão preventiva decretada. Mas ela mudou daqui e nós não tivemos mais notícias”, alegou a técnica de enfermagem.

À reportagem, ela explicou que ficou um ano inteiro indo até a delegacia todos os dias para saber como estava a investigação, mas depois de um tempo decidiu deixar nas mãos da Justiça. “Eu procurei o Ministério Público para saber como estava o caso e decidi deixar nas mãos das autoridades mesmo. Ele sempre foi o principal suspeito e agora espero que a justiça seja feita”, pontuou a tia da jovem.

Sobre o relacionamento entre Bruna e Ewerton, a tia conta que os dois ficaram juntos por seis meses, mas só após a morte da jovem que ela ficou sabendo que o namoro era bastante conturbado envolvendo até agressões.

“Ela disse que precisava conversar comigo no dia que morreu, mas não deu tempo. Acho que ela queria me contar sobre as agressões, porque depois de tudo que descobri que ele batia nela e que ela tinha medo de denunciar. Ele tinha muito ciúmes dela e, segundo a irmã dela, as agressões começaram com dois meses de namoro”, disse Bruna.

Por fim, a técnica de enfermagem explica que não foi atrás do delegado responsável pela investigação após saber da prisão, que a família agora espera a decisão da justiça, mas espera que Ewerton confesse e seja condenado pelo crime.

“Entregamos nas mãos da justiça e estamos aqui a disposição para qualquer coisa. Não sabemos de quase nada ainda, nem onde ele está. Não vamos conseguir trazer ela de volta, minha família ficou com a dor e a saudade e agora esperamos que ele seja homem e pague por ter nos tirado ela”, finalizou a tia da vítima.

Bruna foi morta a tiros dentro do carro do namorado em setembro de 2021 (Foto: Reprodução | redes sociais)
Bruna foi morta a tiros dentro do carro do namorado em setembro de 2021 (Foto: Reprodução | redes sociais)

O crime –  Conforme o registro policial, na época do crime, Bruna estava com o namorado em um Volkswagen Gol prata, quando um homem, não identificado, usando roupas escuras e capacete, se aproximou do veículo a pé, parou do lado da porta do passageiro e disparou contra o casal.

O namorado de Bruna contou à polícia que percebeu que havia sido atingido de raspão no braço e, logo em seguida, viu a jovem inconsciente, sangrando muito, por isso, acelerou o carro e foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. Segundo o depoimento de Ewerton, foram três ou quatro disparos. A jovem chegou sem vida na unidade de saúde e a polícia foi chamada pelos funcionários do local.

Na delegacia, Ewerton disse aos policiais que não sabia quem seria o autor dos disparos, mas contou que três dias antes, ele e a namorada foram perseguidos por dois homens em uma moto, que atiraram contra o carro, depois de confusão em casa noturna na Avenida Ernesto Geisel com a Avenida Salgado Filho.

Na data, a jovem chegou a ser atingida de raspão na nuca, mas preferiu não registrar boletim de ocorrência. Em depoimento, o homem afirmou que o disparo aconteceu depois que ele discutiu com um homem chamado "Wellington", que teria dado em cima da namorada.

A perícia encontrou um projétil de arma de fogo na porta do Volkswagen Gol, em que Bruna estava no dia em que foi assassinada. O carro pertence a Ewerton, única pessoa, até o momento identificada, que presenciou o crime.

Áudio ao qual o Campo Grande News teve acesso revelou o momento do ataque a tiros, que resultou na morte da jovem. São apenas 40 segundos de gravação, mas que refletem a tensão do atentado, cujas circunstâncias ainda intrigam a polícia. Ouça abaixo.


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