Família tenta localizar autor de feminicídio que parece ter “evaporado” da terra
Foragido desde novembro de 2024, Flávio Saad é procurado pela Polícia Civil e família faz apelo por notícias
Procurado por feminicídio e homicídio qualificado desde novembro de 2024, Flávio Saad, de 49 anos, parece ter “evaporado da face terra”. Essa é a expressão que Roberta Rocha, de 42 anos, usa para descrever o sumiço do homem que matou a irmã, Ana Cláudia Rodrigues Marques, 44 anos, no dia 11, e o namorado e Carlos Augusto Pereira de Souza, 49 anos.
RESUMO
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Flávio Saad, procurado por feminicídio e homicídio qualificado desde novembro de 2024, permanece foragido após matar a ex-mulher Ana Cláudia Rodrigues Marques e o namorado dela, Carlos Augusto Pereira de Souza, em Campo Grande. A irmã da vítima, Roberta Rocha, busca ajuda para divulgar imagens do suspeito, na esperança de localizá-lo. O crime ocorreu na casa de Ana Cláudia, no Jardim Itapuã, e foi presenciado pelo filho de Carlos, de 14 anos, que ouviu os tiros e reconheceu a voz de Flávio. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul divulgou fotos do suspeito e pede informações anônimas sobre seu paradeiro.
Irmã mais nova da vítima, Roberta procurou a reportagem nesta terça-feira (4), pedindo ajuda para divulgar as imagens do ex-cunhado na expectativa de que ele seja localizado. “Pedimos ajuda novamente para estar divulgando a foto. A polícia está fazendo o trabalho, mas a imagem dele cai no esquecimento da população”, diz.
Passaram quase três meses desde o crime que aconteceu na madrugada do dia 11, na casa de Ana Cláudia, no Bairro Jardim Itapuã, ninguém nunca mais teve notícias do possível paradeiro de Flávio Saad. “A polícia não passou mais nenhuma informação. Parece que ele evaporou da face da terra”, resume Roberta.
Em casa, Roberta relata que toda a família passou a tomar medicamentos após o feminicídio da irmã. “Minha mãe tem 78 anos e ela gritou hoje. A dor dela é tão grande que ela teve que ir ao médico. Ela disse: ‘Minha filha tá parecendo um cachorro onde mataram e foram embora'”, fala.
Fruto do relacionamento com Flávio, Ana Cláudia teve um filho de oito anos. A tia expõe que o garoto, aos poucos, está assimilando o que aconteceu. “O próprio filho dela de oito anos e agora que está caindo a fichinha dele. Ele está tendo crises, não conseguiu ir pra escola, está complicado”, pontua.
Apesar de ter recebido ameaças do ex-companheiro, Ana Cláudia nunca acreditou que elas iriam se concretizar justamente por eles terem tido um filho juntos. Isso quem afirma é Roberta que reforça o motivo da família seguir procurando Flávio. “Não vai trazer minha irmã de volta, mas vai amenizar a nossa dor”, frisa.
O crime - Conforme consta no boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada após o filho de Carlos, de 14 anos, ouvir barulho de tiros. Ao conversar com a equipe, o adolescente informou que estava dormindo e acordou com os gritos de socorro da madrasta.
O garoto se escondeu em um canto do quarto onde dormia e ligou para o 190. A testemunha afirmou que reconheceu a voz do suspeito como sendo a do ex-marido da mulher. Enquanto atirava, Flávio dizia “é isso que talarico merece” e perguntava “ainda não morreu?”.
A mulher foi encontrada no corredor da casa, próximo à sala, e o corpo do homem, que estava com ela, no banheiro da suíte da residência. Após o crime, o suspeito fugiu.
A PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul) divulgou algumas fotos de Flávio Saad e sua possível aparência em algumas montagens. Quem tiver informações sobre o paradeiro dele pode, de forma anônima, denunciar no (67) 99273-6024.
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