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Capital

Famílias tiradas de favela prometem protestar e acampar em frente à Prefeitura

Fernanda Mathias e Aline Santos | 16/06/2016 12:02
Famílias querem ir à Prefeitura ainda hoje para protestar por condições dignas de moradia (Foto: Alcides Neto)
Famílias querem ir à Prefeitura ainda hoje para protestar por condições dignas de moradia (Foto: Alcides Neto)

As famílias removidas há três meses da favela Cidade de Deus prometem ainda hoje se concentrar em frente ao Paço Municipal de Campo Grande para protestar contra as condições precárias em que foram realocados em loteamentos na região da saída para São Paulo, onde não há condições mínimas de infraestrutura.

No loteamento Vespasiano Martins, por exemplo, são 42 famílias dividindo apenas um banheiro químico. “Vamos protestar e acampar em frente à prefeitura”, diz Mariana Gonçalves, 24 anos. Ela relatou que a estrutura frágil das pequenas moradias, com muitas rachaduras, tem levado muitas crianças a adoecerem e até quebrou um tijolo para mostrar à equipe de reportagem a má qualidade dos materiais.

Sobre o ônibus barrado pela Guarda Municipal, que levaria as famílias para protestar em frente à Prefeitura, o serviços gerais Rodrigo dos Santos 31 anos, disse que a locação custou R$ 300,00 e foi rateada entre os moradores dos quatro loteamentos, mas que não mostraria o comprovante. Rodrigo reforçou que a intenção é organizar protesto para hoje, ainda que os grupos saiam do local de circular convencional.

As famílias estão nos loteamentos Vespasiano, Teruel, Canguru e Bom Retiro. A assessoria da Prefeitura garantiu que os materiais de construção já estão sendo comprados e chegarão ao Vespasiano Martins na segunda-feira (20), de modo a cumprir o prazo inicial de conclusão - 30 de junho. Porém, nos outros três assentamentos, os insumos serão enviados “na sequência”, informa a Prefeitura, sem precisar a data. Nestes locais, o novo prazo para construção das casas é de 90 dias, contados a partir da chegada dos materiais.

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