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Capital

Ferida, mulher caminha quilômetros para denunciar cárcere privado

Ela afirma que há sete dias era mantida trancada sob tortura e ameaças de namorado

Tainá Jara e Clayton Neves | 29/11/2019 16:36
Funcionário da Casa da Mulher Brasileira acionaram o socorro para mulher com hematomas (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Funcionário da Casa da Mulher Brasileira acionaram o socorro para mulher com hematomas (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Com nariz sangrando e hematomas pelo corpo, mulher de 61 anos caminhou quilômetros até a Casa da Mulher, no Jardim Imá, em Campo Grande, na tarde desta sexta-feira, para denunciar cárcere privado, agressões e ameaças do namorado. Ela relatou que era mantida trancada na casa do suspeito há uma semana sob tortura.

Em fuga, ela conseguiu ir a pé até supermercado localizado na Avenida Duque de Caxias. Lá, pediu ajuda a casal que a levou para unidade de atendimento à mulher. Para polícia, a idosa relatou que foi mantida refém pelo homem com quem se relaciona há cerca de cinco meses.

Durante uma semana, ela teria levado pauladas e capacetadas na cabeça até conseguir fugir. O agressor ameaçou incendiar a casa da vítima, localizada na Vila Bandeirantes, e disse que a libertaria apenas depois que os ferimentos do corpo desaparecessem.

Ferida, a idosa foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada para UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas. O setor de serviço social da unidade hospitalar ficará responsável em encaminhar a denúncia para investigação policial, por isto, ainda não há registro da ocorrência.

Até agosto deste ano, a Polícia Civil registrou total de 24.645 de crime contra mulher. A maioria, 10.218, trata-se de casos de violência doméstica. Outros 9.305 boletins de ocorrência de ameaça foram registrados pelas sul-mato-grossenses. As mulheres vítimas de violência pode denunciar as agressões pelo disque 180. 

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