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Capital

Funcionária de carreira, médica veterinária será nova chefe do CCZ

O nome cotado para o cargo era do veterinário André Luis Soares da Fonseca, mas a contratação não foi possível por conta do alto salário que ele ganha na UFMS

Lucas Junot | 10/04/2017 16:13
Iara, à direita, trabalha no CCZ há quase 20 anos (Foto: Reprodução/Facebook)
Iara, à direita, trabalha no CCZ há quase 20 anos (Foto: Reprodução/Facebook)

O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande terá uma nova coordenadora a partir desta terça-feira (11). Funcionária de carreira da prefeitura desde 1998, Iara Helena Domingos, será apresentada amanhã, no próprio centro.

Iara é formou-se em medicina veterinária em 1992, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), possui especialização em saúde pública pela Fundação Oswaldo Cruz (2002) e mestrado em ciência animal, também pela UFMS (2012).

A nova coordenadora tem experiência na área, com ênfase em clínica e cirurgia animal e fez carreira atuando principalmente em questões como a leishmaniose, método diagnóstico e erliquiose, a chamada doença do carrapato.

A apresentação será feita pelo vereador veterinário Francisco (PSB), que dirigiu o CCZ por 20 anos.

O nome cotado para o cargo era do veterinário André Luis Soares da Fonseca, mas a contratação não foi possível por conta do salário que ele ganha como professor da UFMS. O prefeito, Marquinhos Trad (PSD), explicou ao Campo Grande News que “infelizmente” a nomeação do profissional é inviável, uma vez que ele ganha mais que o restante dos secretários municipais.

Desde o início do ano, a prefeitura negociava a cedência do servidor com a instituição. “Há uma normatização na Federal, de que não existe cedência sem ônus. Eles pagam o salário do funcionário, mas a gente tem de reembolsar”, esclareceu Marquinhos.

O prefeito preferiu não revelar quanto o professor ganha na UFMS, mas disse que o município não poderia arcar com o pagamento, uma vez que o valor “é muito acima” do fixado para remunerar o primeiro escalão.

Marquinhos deixou claro que a contratação de André Luis não foi concretizada apenas pela questão técnica. 

A reportagem apurou, por meio dos portais da transparência da UFMS e da Prefeitura de Campo Grande, que o salário de André Luis é de R$ 17.134,75 e que no mês de janeiro deste ano, com os descontos, ele recebeu R$ 12.172,91. Já o salário-base dos secretários municipais que não são cedidos de outras instituições é de cerca de R$ 11 mil.

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