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Capital

Médico-veterinário não assumirá cargo e CCZ fica sem coordenador

A nomeação de André Luís Soares da Fonseca era aguardada desde o início de fevereiro

Luana Rodrigues | 20/03/2017 14:46
André Luis da Fonseca é médico-veterinário, advogado e professor universitário. (Foto: Christiane Reis)
André Luis da Fonseca é médico-veterinário, advogado e professor universitário. (Foto: Christiane Reis)

O médico-veterinário, advogado e professor universitário André Luis Soares da Fonseca não irá assumir a coordenação do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande, como estava previsto desde o início de fevereiro deste ano.

Pelo Facebook, André Luis anunciou que não houve um acordo entre a Prefeitura e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para sua cedência ao órgão municipal.

“Lamento muito que não tenhamos mais oportunidade de trabalharmos como desejávamos, mas continuamos acreditando sempre na sabedoria de Deus e que coisas boas sempre estarão por acontecer. Vamos tocar o barco para frente e continuar fazendo o que sempre fizemos, acreditando que tudo tem a sua melhor hora”, escreveu.

Campo Grande News tentou contato com Fonseca, para que explicasse melhor os motivos de sua não nomeação. Mas, ele não atendeu às ligações.

A prefeitura informou por meio da assessoria de imprensa que o nome de um substituto para o cargo ainda está sendo definido e, em breve, será divulgado.

Ainda conforme a administração municipal, "independente da nomeação imediata ou não desta pessoa (André), o Centro de Controle de Zoonozes está em pleno funcionamento com todas as suas atividades".

Médico-veterinário fez anúncio pelo Facebook. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Médico-veterinário fez anúncio pelo Facebook. (Foto: Reprodução/ Facebook)

'Amigos dos animais' – Desde o início de fevereiro deste ano se aguardava a nomeação de Fonseca para o cargo, aprovada por frentes de defesa dos animais. Mesmo antes de assumir oficialmente o caso, o médico-veterinário já tinha planos para a gestão.

“Temos de reduzir a população canina, que hoje está estimada em 162 mil cães e pretendemos chegar a 80 mil em três anos, realizando o trabalho de castração. Já existe o levantamento dos bairros com maior população de animais que estão na rua, não digo cães de rua, mas aqueles que pelo fato da casa não ter muro acabam ficando na rua”, disse André Luis da Fonseca, em entrevista ao Campo Grande News no dia 4 de fevereiro.

Neste caso, o trabalho seria feito no âmbito da 'Carrocinha do Bem', que consiste em buscar os animais nos bairros apontados pelo levantamento, castrar no CCZ e devolver ao dono.

“Queremos atingir a meta de realizar 100 castrações por dia”, disse. Para isso, além dos quatro veterinários que já atuam no órgão, mais quatro seriam contratados, segundo o médico-veterinário. Ele não detalhou o levantamento, mas apontou o Jardim Noroeste como um dos bairros com grande número de animais.

Outra ação que deveria iniciar assim que Fonseca assumisse era o Pronto Atendimento Veterinário, que não seria um hospital, segundo informou, por que não haveria condições de se fazer tratamentos mais complexos. A ideia era realizar um sistema de consultas e manter alinhada a conversa com as coordenações de saúde, quanto à questão de medicamentos.

Além disso, por meio do CCZ Legal, o médico pretendia estender o horário para adoção de animais. Hoje é possível adotar apenas no horário das 17 às 19 horas. A ideia de André Luis era fazer isso em período integral.

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