Funcionário de hospital denuncia chefe da enfermagem por assédio sexual
Acusado teria abaixado as calças para a vítima e ainda a ameaçado de morte caso denunciasse
Funcionário de um hospital particular de Campo Grande procurou a Polícia Civil para denunciar um supervisor por ameaça e assédio sexual. O crime estaria acontecendo desde janeiro deste ano, quando o rapaz de 23 anos começou a trabalhar no local.
À polícia, o rapaz contou que o chefe do setor de enfermagem passou a fazer brincadeiras desagradáveis na segunda semana de trabalho dele, inclusive, teria perguntado: “você duvida eu tirar as calças aqui?”.
O funcionário relata que sempre levou a situação na brincadeira até que um certo dia, o chefe dos enfermeiros o trancou dentro de sua sala e abaixou as calças na intenção de mostrar suas partes íntimas. Neste momento, o rapaz teria ameaçado gritar e chamar a polícia, então foi liberado.
No entanto, no dia 26 de março, o rapaz afirma que forneceu a senha de acesso do seu computador a uma colega de trabalho e o acusado pediu para que a jovem fosse buscar uma água e então acessou as conversas do Whatsapp da vítima e viu que ele pedia dicas a uma outra funcionária para fazer a denúncia contra o chefe do setor.
O acusado então passou a enviar mensagens fazendo elogios, dizendo que o admirava muito e pediu que ele fosse mais cedo ao hospital no dia seguinte para que pudessem conversar. O rapaz chegou antes no trabalho e foi levado até uma sala no segundo andar do prédio, onde não teria câmeras de segurança.
No local, ainda de acordo com o depoimento do rapaz, o acusado confessou ter acessado as conversas e ainda fez ameaças à vítima dizendo que ele era muito novo e isso acabaria com a vida dele e, caso ele tentasse alguma coisa, ele o mataria. “Você não sabe do que sou capaz. Prefiro ver o filho dos outros chorando do que o meu filho”.
O chefe então teria tentado beijar o rapaz, que se esquivou. Os dois saíram da sala e foram até o corredor, onde novamente o acusado pediu que ele não fizesse nenhuma denúncia e que ele o mataria se fizesse. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.