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Capital

Gaeco fará devassa nas contas de 20 pessoas e empresas ligadas a Amorim

Paulo Yafusso | 01/10/2015 20:00
Coordenador do Gaeco, Marcos Alex de Oliveira, ao deixar o Instituto de Criminalística. Laudo da perícia nos celulares apreendidos serão entregues na próxima semana (Foto: Fernando Antunes)
Coordenador do Gaeco, Marcos Alex de Oliveira, ao deixar o Instituto de Criminalística. Laudo da perícia nos celulares apreendidos serão entregues na próxima semana (Foto: Fernando Antunes)

Os 13 alvos da Operação Coffee Break estão entre os 20 que terão as contas bancárias devassadas pela Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que conseguiu na Justiça a quebra do sigilo bancário e fiscal dos CPFs de 20 pessoas e do CNPJ de quatro empresas que pertencem aos investigados. As solicitações de informações já foram encaminhadas ao Banco Central e à Receita Federal, informou na manhã de hoje o coordenador do Gaeco, promotor Marcos Alex Vera de Oliveira.

O promotor não citou nomes, mas informou que serão devassadas as contas bancárias e as informações fiscais por CPF e CNPJ, o que significa que o BC e a Receita deverão fazer o levantamento de todas as contas e movimentações financeiras realizadas com o uso desses documentos.

A expectativa é de que todos os dados sejam entregues no máximo em 2 meses. O Campo Grande News apurou que as empresas que serão devassadas são a Proteco, de João Amorim, a Itel Informática, de João Baird, a CG Solurb, que venceu a concorrência para fazer a coleta e tratamento do lixo em Campo Grande, e a LD, empresa que tem como sócio Luciano Dolzan, genro de João Amorim. Dolzan também faz parte do Consórcio CG Solurb.

O Gaeco vai usar três bases de informações para esmiuçar a movimentação financeira dessas pessoas físicas e jurídicas. A primeira delas o relatório do BC e da Receita, e as outras a planilha de pagamento feita pela Câmara Municipal aos 29 vereadores que participaram da sessão que votou pela cassação do prefeito Alcides Bernal, no dia 12 de março do ano passado. Os dados são de junho de 2013 a dezembro de 2014, e esses dados já foram entregues ao Gaeco.

A outra fonte de análise será o laudo da perícia feita nos 17 celulares apreendidos durante a Operação Coffee Break, realizada no dia 25 de agosto deste ano. O volume de informações levantadas pelos peritos que estavam na memória dos celulares é enorme. Só de um aparelho foram extraídas 50 mil páginas de conteúdo. Além dos dados que estavam nos celulares, foram recuperadas informações que haviam sido deletadas como mensagens de aplicativos, de e-mails, fotos e vídeos. No relatório também constam dados sobre movimentações bancárias feitas.

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