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Política

Gaeco vai confrontar salário de vereadores com movimentação bancária deles

Paulo Yafusso | 28/09/2015 15:53
Dados sobre pagamentos feitos a todos os vereadores que participaram da sessão que cassou Bernal já estão com o Gaeco (Foto: Fernando Antunes)
Dados sobre pagamentos feitos a todos os vereadores que participaram da sessão que cassou Bernal já estão com o Gaeco (Foto: Fernando Antunes)

Já estão com os promotores da Operação Coffee Break as planilhas de todos os pagamentos feitos pela Câmara Municipal aos vereadores que atuavam no período de julho de 2013 a dezembro de 2014 e que participaram das atividades parlamentares no período em que ocorreu o processo de cassação do prefeito Alcides Bernal (PP). Os dados servirão para que seja feita a comparação dos ganhos dos vereadores com as suas movimentações bancárias, para que se possa verificar indícios de favorecimento.

A análise desses dados faz parte do procedimento investigatório para apurar se houve pagamento de vantagens financeiras a alguns vereadores, para que eles votassem pela cassação de Bernal. Nas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal com autorização da Justiça Federal na Operação Lama Asfáltica, há conversas referentes a negociações de cargos na Prefeitura. Numa dessas gravações, Fábio Portela Machinsky conversa com o dono da Itel Informática, João Baird, e fala que Gilmar Olarte havia garantido o voto do vereador Gilmar da Cruz (PRB). E cita que o “japonês”, que seria o vereador Edson Shimabukuro (PTB), havia reivindicado 60 cargos na Agetran (Agência Municipal de Trânsito), mas que Olarte havia nomeado apenas três.

O pedido feito pelo Gaeco é para que a Câmara encaminhasse os dados de todos os 29 vereadores que participaram da sessão do dia 12 de março do ano passado, que decidiu pela cassação de Alcides Bernal. Inclusive dos que hoje já não estão mais na Câmara Municipal, como Zeca do PT, eleito deputado federal, Rose Modesto (PSDB), atual vice-governadora, Graziele Machado (PR), agora deputada estadual, Elizeu Dionísio (SD), que agora ocupa uma das cadeiras na Câmara Federal. Além de Juliana Zorzo, que deixou o Legislativo por um tempo, para ocupar a presidência da Fundac (Fundação Municipal de Cultura), e de Alceu Bueno (sem partido), que renunciou após se ver envolvido em denúncia de envolvimento com esquema de exploração sexual de adolescente.

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