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Capital

Gaeco investiga tráfico milionário “à moda antiga”

Nome da operação faz alusão a métodos dos cartéis de drogas de Medellín e Cali, na Colômbia

Anahi Zurutuza | 21/08/2023 13:02
Apreensões de drogas desencadearam investigações contra grupo (Foto: MPMS/Divulgação)
Apreensões de drogas desencadearam investigações contra grupo (Foto: MPMS/Divulgação)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) voltou às ruas de Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (21) para prender mais sete envolvidos em esquema milionário de tráfico de drogas. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Campo Grande, Corumbá e Santana do Parnaíba (SP).

A segunda fase da Operação Traquetos é desdobramento de investigação que cumpriu 18 mandados de prisão e 26 ordens de busca em 8 de março contra a organização dedicada a enviar drogas para os estados da Bahia, Goiás e São Paulo. Na ocasião, o empresário Florisvaldo de Gaspari Favareto, de 49 anos, dono de uma oficina na Avenida Guaicurus, na Capital, foi identificado como um dos líderes do esquema.

Além de Florisvaldo, ou “Gaspar”, outros dois homens, identificados como Maicon Igo Barbosa Moreira, o “Gordinho”, e Wellington Aquino Braga, o “Tom”, também foram apontados como lideranças. Eram os responsáveis pela aquisição e transporte da droga "desde a compra do entorpecente com fornecedores, preparação dos veículos para o transporte e a venda".

As apurações dos últimos cinco meses, segundo o Gaeco, revelou que ao menos outras sete pessoas integravam a quadrilha.

Ainda conforme divulgado há pouco pelo grupo especial de investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), após a primeira etapa de prisões e buscas, foi possível identificar um dos financiadores do esquema, cujo nome não foi divulgado, mas seria dono de “expressivo patrimônio” e decidiu investir mais de R$ 1 milhão na “atividade que lhe remunerava com muito mais rentabilidade do que as aplicações financeiras de mercado”.

Após quase dois anos de trabalho, o Gaeco denunciou 25 pessoas por integrarem a organização criminosa que atuava de forma ordenada, contando com grande rede de batedores e pontos de apoio em Anastácio, Aquidauana e Campo Grande, para comprar drogas em Bela Vista e Ponta Porã e enviar para outros estados brasileiros.

O nome da operação faz alusão à “cultura traqueta” dos cartéis de drogas de Medellín e Cali, na Colômbia, onde narcotraficantes “à moda antiga” são conhecidos como “traquetos”.

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