Garota que matou aluna de 15 anos confessa crime e fica em liberdade
A garota de 16 anos e Dafni Alves de Lima, 18 anos, envolvidas na briga que culminou na morte da estudante Luana Vieira Gregório, 15 anos, apresentaram-se na tarde desta sexta-feira (13) na DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente). Elas responderão ao crime em liberdade.
Segundo a delegada Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, titular da DPCA, as duas chegaram na Delegacia por volta das 16h30 de hoje, acompanhadas pela advogada Edlávia Gomes.
Elas confessaram a participação na briga. “A menor relatou que viu a amiga brigando (Dafni), quis pegar qualquer coisa no chão para defender a amiga, acabou pegando o canivete que estava com um menino e desferiu o golpe”, afirmou Regina Márcia, após ouvir as meninas.
Ainda conforme a delegada, Dafni, que é maior de idade, será indiciada por co-autoria em homicídio doloso duplamente qualificado. Já a menor vai responder por ato infracional análogo a homicídio doloso duplamente qualificado.
Como se apresentaram espontaneamente, as duas responderão ao crime em liberdade.
O caso - Segundo a delegada, vídeos que a Polícia possui mostram o exato momento em que Dafni chega com um canivete e o deixa cair no chão, assim que entra na briga entre Luana e a outra agressora de 16 anos, na saída da Escola Estadual José Ferreira Barbosa, na Vila Bordon, em Campo Grande.
A pessoa quem pega o canivete é um garoto, identificado como sobrinho do namorado da rival de Luana. Neste momento, o canivete ainda está fechado e, enquanto a Dafni agride a estudante, a outra adolescente de 16 anos, por uns segundos se distancia e pega o canivete da mão do garoto, abrindo e direcionando a Luana.
Luana foi levada para a Santa Casa, depois de levar uma facada no abdômen e morreu após duas paradas cardíacas. Ela teria sido morta porque borrifou um perfume dentro da sala de aula. A agressora teria se irritado, porque é alérgica, e decidiu se vingar no final do expediente escolar.
Dafni inclusive possui antecedentes de agressões à ex-madrasta, motivo pelo qual já esteve internada em uma Unei (Unidade Educacional de Internação). Na ocasião, a violência foi tamanha que o cabo da arma quebrou, mas, mesmo assim, ela continuou a espancar a mulher com o que restou, conforme a ocorrência.