Garoto morto em colisão matou irmão em abril; outros têm antecedentes
Morto no acidente entre uma Hilux e um Celta na madrugada de sábado (30), Rodrigo Leite Benites Duque, 13 anos, foi apreendido por matar o irmão adotivo Rafhael Nantes do Amaral, 24 anos, em abril deste ano perto de uma casa noturna na Avenida das Bandeiras, na Vila Piratininga. O garoto confessou o ato infracional e alegou legítima defesa.
Na época, o adolescente apresentou-se espontaneamente na 5ª DP, onde o caso era investigado. Ele disse que Amaral brigou com a família, bateu no pai e saiu de casa com o revólver que sempre carregava como proteção. O jovem acordou com a discussão e seguiu o rapaz.
Conforme relatos do suspeito, eles se encontraram perto da boate e começaram a brigar. A vítima apontou a arma para o menor, que reagiu e a tomou. Segundo a polícia, o corpo tinha seis marcas de bala. Duque se justificou dizendo que atirou várias vezes no “calor do momento”.
Depois de matar a vítima, o adolescente fugiu em uma moto. Apesar de ser conhecido pelo tráfico de drogas, segundo informações apuradas na época do homicídio, esse é o único antecedente dele.
Fichados – Também morreu no acidente de sábado José Felipe dos Santos Fernandes, 21 anos. Ele foi atuado três vezes por receptação em 2010, preso em flagrante por tráfico de drogas em 2010, 2011 e 2013, além de ter sido flagrado conduzindo sem CNH em 2011.
Thiesero Luan Quevedo dos Santos, 21 anos, conduzia o Celta e, segundo a polícia, furou o sinal vermelho, provocando a batida. Ele teve alguns ferimentos, foi atendido na Santa Casa e liberado.
Ele já foi flagrado sem CNH em 2010, três vezes em 2011 e uma em 2014. Também já foi preso com dinheiro falso e com arma de fogo.
Além de ter sido enquadrado como suspeito da batida, foi autuado por uso de documento falso, visto que a habilitação que apresentou aos policiais era forjada.
Já o adolescente de 16 anos internado em estado grave na Santa Casa, só tem um registro, por ameaça, em 2011. Segundo informações do hospital, o paciente está na UTI.
Investigação – O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e ainda nesta segunda será encaminhado a algum dos delegados da 1ª DP para ser apurado. A plantonista PriscillaAnuda, responsável pelos primeiros levantamentos, ouviu algumas testemunhas. Segundo ela, uma das vítimas tinha marca no pescoço que aparentava ter sido provocada por tiro. A polícia vai investigar se ele foi baleado na boate de onde o grupo vinha ou se foi alvejado após a batida.
Pessoas que se aglomeraram no entorno dos destroços relataram à polícia que, apesar de não terem ouvido barulho de disparo, viram alguém com um revólver em um coldre no local. Outros relataram que o Celta estava sendo perseguido por outro automóvel.
O condutor da caminhonete é um comerciante de Maracaju que estava de passagem pela Capital. Ele prestou depoimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro, disse que ficou muito abalado e preferiu não dar entrevista.