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Capital

Golpistas falsificavam documentos para fazer “farra” em crediários

Além de empréstimos, trio conseguiu cartões em mercado, loja de celulares e de roupas

Danielle Valentim e Geisy Garnes | 25/04/2018 15:12
Polícia só apresentou André José Marques, de 44 anos e Wagner Rodrigues Câmara, de 37 anos. (Foto: Geisy Garnes)
Polícia só apresentou André José Marques, de 44 anos e Wagner Rodrigues Câmara, de 37 anos. (Foto: Geisy Garnes)

Equipe da Denar (Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico) prendeu um trio de golpistas no dia 23 de abril. Um dos envolvidos foi preso no Bairro Lar do Trabalhador e outros dois na Rua Dom Aquino, no Centro de Campo Grande. Além de empréstimos com documentações falsas, os suspeitos fizeram cartões em lojas de shopping e em rede de supermercados, para comprar comida, roupa e celulares.

Foram presos André José Marques, de 44 anos, Wagner Rodrigues Câmara, de 37 anos, e Ducleyton Eugênio Cavalcanti, de 40 anos. De acordo com o delegado Gustavo Ferrari, a as primeiras informações recebidas pela Denar eram de que André movimentava um disque-droga na região do Lar do Trabalhador e praticava estelionato com outros dois suspeitos.

Os policiais localizaram André e o abordaram em uma das ruas do bairro, em um Fiat Pálio, prata. À polícia, André apresentou uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação) com a sua foto, mas em nome de Adilson. Na ação, os investigadores vistoriaram o carro e localizaram porções de cocaína e maconha, além de um RG falsificado do mesmo jeito, com a foto do suspeito, mas nome diferente.

André confessou o crime e entregou os comparsas, que foram abordados em uma Honda Fan, na Rua Dom Aquino. Wagner também apresentou documento falso e a polícia descobriu que ele estava com mandado de prisão em aberto, por receptação. Com Ducleyton a polícia encontrou um RG, que ainda não havia sido alterado, além de diversos comprovantes de residência, comprovantes de banco e no INSS de uma suposta vítima.

A polícia descobriu após a prisão do trio, que Ducleyton é o mentor da organização criminosa. Segundo Ferrari, ele era o responsável por conseguir os documentos e repassar aos comparsas, por isso recebia a maior parte do dinheiro.

“Com os documentos falsos eles abriam em lojas e faziam empréstimos. Eles chegaram a comprar celulares em shopping, fizeram cartões na Renner, Riachuelo e Comper. Eles pegavam os celulares e entregavam ao Ducleyton, só após isso o dinheiro era dividido entre o trio”, disse.

André vai responder pelo uso de documentos falsos, estelionato, tráfico de drogas e associação criminosa. Ele já tinha passagens por roubo e tráfico e estava em condicional.
Wagner, já tinha uma passagem por tentativa de estelionato, mas agora vai responder pelo crime e por associação criminosa. Já Ducleyton tinha cinco passagens por estelionato e responderá novamente pelo crime e por associação criminosa.

Ducleyton não foi apresentado, pois as investigações tentam encontram mais envolvidos. A polícia orienta que vítimas da dupla procurem a delegacia para registrar a ocorrência.

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