Greve dos agentes de saúde chega ao oitavo dia sem sinal de negociação
A greve dos agentes de saúde e epidemiológicos de Campo Grande completa hoje 8 dias sem sinal de negociação, apesar da decisão da Justiça que considera o movimento ilegal. Nesta manhã, os profissionais mais uma vez reunidos no diretório do PPS. A multa prevista caso não cumprissem a determinação da Justiça não foi aplicada.
O líder da greve, o presidente do Sintesp(Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública ), Amado Cheikh, afirma que não há desrespeito à ordem judicial, justificando que a paralisação continua em caráter particular. “Se o prefeito quiser que paramos a greve, vai ter que conseguir cerca de 600 liminares da Justiça e entregar para os agentes que encontrar”, afirma.
Ele diz que os agentes estão ainda em busca de mais assinaturas da população, como apoio ao protesto. A meta é conseguir 50 mil por semana, disse ele. Sobre a multa que poderia ser imposta, Cheikh permanece com o mesmo argumento, de que a liminar era em face do sindicato, e de que agora os agentes estão paralisados por conta própria.
Em relação à contratação de novos agentes de saúde temporários, iniciativa anunciada pela prefeitura, o sindicalista afirma que “é preciso anos de treinamento para fazer o serviço”.
O secretário municipal de saúde, Leandro Mazina Martins, reafirmou o que disse ontem ao Campo Grande News sobre a possibilidade da contratação de agentes temporários caso seja necessário.
Ele lembrou ainda do apoio de cem militares do Exército, que a partir do dia 17 iniciam a parceria com a secretaria de saúde no combate à dengue.
Quanto ao argumento de que a greve foi opção adotada individualmente e a liminar é em caráter coletivo, Martins é taxativo: “Isso não existe”.