Com agentes parados, prefeitura prepara contratação de temporários
A Secretaria de Saúde de Campo Grande prepara a contratação de agentes de saúde e epidemiologia temporários para substituírem os servidores que estão em greve desde o dia 4 deste mês. A informação é do secretário Leandro Mazina Martins.
Ele explica que está sendo elaborada minuta sobre como será feita a contratação, pois devem ser levados em conta aspectos jurídicos e administrativos.
Os agentes temporários irão atuar no combate à dengue e leishmaniose, mas ainda não foi definida a data em que serão chamados. “A contratação é um instrumento que nós podemos usar a qualquer momento”, afirma Mazina caso não haja solução para a greve.
O secretário garante que não haverá negociação com os grevistas. Para ele, a greve é “inoportuna, imprópria, abusiva e ilegal”. O secretário ressalta que decisão judicial mandou que os agentes retornassem imediatamente ao trabalho.
O prefeito Nelsinho Trad também informou que não irá negociar enquanto a categoria estiver com as atividades paralisadas.
Por outro lado, o presidente do Sintesp, Amado Cheikh, garante que os 600 agentes que estão em greve não retornarão se o prefeito não negociar.
Ele informou que uma comissão do movimento foi à Secretaria de Saúde nesta manhã porque o prefeito havia marcado reunião, mas não apareceu.
Já o secretário de saúde rebate a informação e diz que não havia nada marcado e ele foi surpreendido por vinte grevistas quando chegou à secretaria. “Recebi o presidente deles e disse que não estava marcada reunião. Não negociamos com o movimento grevista”, declarou.
Reivindicações - Os agentes de saúde estão em greve desde o dia 4 deste mês. A reivindicação principal é de 0,9% do orçamento municipal para os agentes de saúde pública e epidemiológica. Segundo o sindicato da categoria, o repasse possibilitaria salários de quase R$ 2 mil aos 900 agentes de saúde.
A Prefeitura não reconheceu o movimento e entrou com pedido de liminar pelo fim da greve. A solicitação judicial foi concedida e o Tribunal de Justiça mandou os agentes voltarem imediatamente ao trabalho sob pena de multa de R$ 25 mil ao dia.
A solução encontrada pelo sindicato foi a de anunciar uma greve "individual", em que casa agente por livre e espontânea vontade decidiu manter o movimento, que não tem previsão de término.