Grupo da Capital faz abaixo-assinado por ciclovias temporárias durante pandemia
Ideia é incentivar uso de bicicletas e diminuir o número de usuários do transporte público, diminuindo as chances de aglomeração
Ciclistas de Campo Grande tentam junto à prefeitura da Capital a ampliação de ciclovias pela cidade. A ideia, de acordo com projeto lançado pelo grupo, é aumentar as possibilidades durante o período de pandemia e incentivar o uso de bicicletas, o que diminuiria o número de usuários do transporte público e, consequentemente, a aglomeração dentro dos coletivos.
Na internet, petição on-line já arrecadou cerca de 309 assinaturas, pessoas que acreditam que as ciclovias temporárias irão ajudar a diminuir as probabilidades de contaminação pelo novo coronavírus, que em Mato Grosso do Sul já ultrapassou a marca de 43 mil infectados.
Para integrantes do grupo Bici Nos Planos de CG, a medida é fácil, rápida e não demanda altos investimentos. “É uma medida de baixo custo, você precisa apenas de cones ou grades de contenção, como as utilizadas em eventos, que te ajudam a delimitar a faixa de rolamento em ruas e avenidas”, explica Pedro Garcia, integrante do movimento.
Ainda segundo ele, a ideia é baseado em estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) e também no exemplo de grandes cidades brasileiras que adotaram a medida, como Belo horizonte (MG), que recentemente inaugurou 30 quilômetros de ciclovias temporárias.
“As pessoas tem um certo temor em entrar nos ônibus e ter uma possibilidade a mais de deslocamento ajuda a evitar aglomeração. Entre os pontos positivos está a preservação da saúde física e mental da população”, destaca Pedro.
Possibilidades – A petição on-line criada pelo grupo traz sugestões de ruas e avenidas da Capital que poderiam receber as ciclovias temporárias. Entre os locais sugeridos para implementação da medida está a Avenida Ernesto Geisel, incluindo o trecho de complementação, conhecido como Avenida Vereador Thyrson de Almeida.
Conforme o grupo, a via seria ideal por ligar a região do Bairro Aero Rancho, uma das mais populosas da cidade, ao Centro da Capital.
Outros pontos sugeridos pelo grupo são: Av. Euler de Azevedo, que conecta a UEMS e a saída para rochedo à região central; Av. Guaicurus, que faz a conexão interbairros e ficará conectada à ciclovia já existente da Av. Gury Marques; Rua Joaquim Murtinho, Av. Marquês de Pombal e Av. Min. João Arinos, que fazem a ligação da região central com regiões periféricas como os bairros Jardim Noroeste, Maria Aparecida Pedrossian e Tiradentes.
Outra avenida citada pelo grupo seria a Mascarenhas de Moraes.
Bicicletários – Além da implementação de ciclovias, o grupo também solicita a instalação de bicicletários temporários, na Capital. “É de baixo custo assim como as ciclovias. As grades de contenção também poderiam ser usadas com esse objetivo”, explica Pedro.
O integrante do grupo Bici Nos Planos de CG explica ainda, que o grupo já entrou em contato com a prefeitura de Campo Grande para solicitar a implementação das ciclovias e dos bicicletários temporários e aguarda retorno.
O Campo Grande News também entrou em contato com o executivo municipal, por meio de assessoria de imprensa, e aguarda retorno para saber se estudos estão sendo efetuados e qual a possibilidade do projeto ser levado em consideração. A reportagem aguarda retorno.