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Capital

Grupo diz que decisão sobre fechamento de creche sai na próxima semana

A tradicional Creche Santa Fé é dirigida pela Sociedade São Vicente de Paula

Bruna Pasche | 24/11/2018 09:15
Prédio funciona como creche há 40 anos. (Foto: Google Street View)
Prédio funciona como creche há 40 anos. (Foto: Google Street View)

O fechamento da tradicional creche Santa Fé, que já funciona há 40 anos em um prédio localizado na Rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande, continua gerando conflito entre pais e administração. Ainda sem respostas definitivas sobre a decisão, o Grupo Filantrópico SSVP (Sociedade São Vicente de Paula), responsável pelo funcionamento do local, informou só irá tomar uma decisão definitiva na próxima semana.

Questionado sobre o fechamento da creche, Natalício Fernandes de Souza, presidente do Conselho Central da SSVP na Capital, disse apenas que não tem quem assuma o local.

A mãe de uma aluna de dois anos e seis meses, que pediu para não ser identificada, afirmou que a creche vai fechar. “A gente se reuniu e prometeram que não iam fechar. Agora em novembro fui buscar minha filha e passaram uma carta falando do fechamento, já perdi desconto das outras escolas. As mães estão enlouquecidas e eu estou inconformada, não é assim que se trata uma creche”, pontuou.

Fechamento - A creche funciona há 40 anos em um prédio localizado na Rua Antônio Maria Coelho. Na última quarta-feira (31), o presidente da SSVP afirmou a taxa paga pelos pais afirma não é suficiente para manter o local, já que entre as despesas estão os salários dos funcionários e insumos.

O espaço, afirmou, também perdeu a função social já que, hoje, tem em sua clientela crianças de classe média e alta, o que teria levado inclusive à perda de parcerias como a Mesa Brasil, que fornecia mantimentos para as refeições das crianças.

Além disso, não há quem tope assumir a direção do local, serviço totalmente voluntário. “Como não é um trabalho remunerado, é difícil encontrar quem assuma”, disse.

No final do mês passado, Natalício havia dito também que o fechamento ainda não estava sacramentado, pois dependia primeiro da aprovação dos conselhos da sociedade a nível local e nacional para ser validado e depois, da burocracia exigida pela secretaria de Educação.

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