Guarda Municipal faz segurança do lixão onde menino de 9 anos morreu
Dois guardas municipais já estão no lixão, na saída para Sidrolândia, para fazer a segurança do local. Ao todo, serão seis homens trocando turnos a cada 12 horas.
De acordo com o capitão da PM e chefe da logística da Guarda Municipal, João Guilherme Aquino, as rondas serão feitas com uma Kombi da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e vão percorrer toda a extensão do lixão para evitar que crianças entrem pelas laterais.
Os guardas vão fiscalizar o cadastro dos trabalhadores junto à prefeitura e se alguma criança for encontrada no local vão procurar os pais que serão notificados a comparecer ao Conselho Tutelar. Dependendo da situação, o caso pode ser encaminhado à Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Segundo o capitão, o objetivo é conscientizar a população de que o lixão não é lugar de criança. Ainda de acordo com ele, após uma semana será possível fazer um balanço sobre a atuação dos guardas no local e se dois por turno é suficiente.
Barreira - Segundo Alcindo de Macedo, responsável pelo lixão, será feita uma barreira com terra para evitar que os catadores e crianças tenham acesso ao “barranco”, local onde Maycon Correia de Andrade, de 09 anos, morreu após ser soterrado por uma montanha de lixo.
De acordo com os trabalhadores do local, quem trabalha nesse barranco lucra mais, porque é perigoso e quase ninguém vai.
Proibição - A restrição à entrada de crianças no Lixão é alvo de ação na justiça desde o fim da década de 1990.
Em fevereiro de 2010, foi firmado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre prefeitura e o MPE para pôr fim ao Lixão. A previsão é que o aterro sanitário seja ativado em julho do próximo ano.
Contudo, até lá, o TAC prevê que a entrada de crianças deve ser impedida. De acordo com o secretário municipal de Governo, a prefeitura de Campo Grande ainda não foi notificada sobre a solicitação do magistrado.