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Capital

Guardas municipais agrediram jovem em confusão no Centro, diz PM

Liana Feitosa e Caroline Maldonado | 03/04/2015 09:48
Vítima foi encontrada pela PM caída a 100 metros de posto da Guarda Municipal. (Foto: Caroline Maldonado)
Vítima foi encontrada pela PM caída a 100 metros de posto da Guarda Municipal. (Foto: Caroline Maldonado)

Jovem agredido no final da madrugada desta sexta-feira (3) já reconheceu os autores, segundo o policial militar Edmar Soares, presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM.

De acordo com Soares, a vítima afirmou que dois guardas municipais o agrediram e quem não soube diferenciar as fardas, da PM e GM, foi uma testemunha, que viu a vítima no solo e acionou a PM.

Indícios - Ainda de acordo com Soares, o caso será comunicado ao Ministério Público. "Tudo indica que a agressão realmente partiu dos guardas municipais. A vítima foi encontrada no chão, sozinha, pela PM a cerca de 100 metros de uma base da Guarda, na antiga rodoviária de Campo Grande", explica Soares.

Ele alega que o caso indica a necessidade urgente de haver distinção entre as fardas da PM e da Guarda Municipal. "A Associação vai encaminhar, o mais rápido possível, pedido à Secretaria Municipal de Segurança Pública para que os uniformes sejam mudados, até mesmo por causa de confusões como essas", adianta.

Confusão - No episódio desta manhã, ao chegarem no local, PMs procuraram os acusados. De acordo com um policial que não quis se identificar, foi dada voz de prisão aos guardas municipais, o que gerou confusão.

"A PM, então, pediu apoio do Batalhão de Choque, que se dirigiu ao local. O Choque orientou os guardas para que fossem à delegacia prestar esclarecimentos", conta.

Conforme Soares, a PM e o Choque tiveram dificuldades para convencer os guardas a se dirigirem à delegacia. "Depois de muita conversa, alguns se deslocaram à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, onde aguardam para serem ouvidos pelo delegado", afirma Soares.

Abuso de autoridade - Segundo o advogado Laudo César Pereira, da Associação de Cabos e Soldados da PM, a vítima não tem passagens pela polícia. "Uma situação como essa está fugindo da obrigação da Guarda, que é proteger o patrimônio público. Isso é abuso de autoridade", classifica.

Questionado acerca das informações dadas pela PM, o chefe de Divisão de Operação da Guarda Municipal, Jair Viana, reiterou que o órgão aguarda mais esclarecimentos. "Vai ser apurado se houve algo. A Guarda ainda não sabe o que aconteceu e está aguardando o caso ser registrado na delegacia", finalizou.

A vítima também está na delegacia e ainda reclama de fortes dores. Foi solicitado exame de raio-x no CRS (Centro Regional de Saúde) Guanandi, a suspeita é de fratura na costela.

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