Guardas protestam na Prefeitura para cobrar definição de reajuste
Profissionais querem aumento de 9,57% ou mudança de nível na categoria
Guardas municipais foram até a Prefeitura de Campo Grande, nesta quarta-feira (29), cobrar a definição do reajuste salarial. Desde abril, não só a categoria dos guardas, mas todos os funcionários públicos aguardam o fim da negociação do aumento, mas impasse entre a Câmara e o Município emperra a solução.
Segundo o guarda Luciano de Oliveira, os profissionais pedem que, ou o reajuste de 9,57% - alvo do impasse – seja de fato concedido ou que o Executivo Municipal eleve o nível dos guardas, aumentado o salário dos atuais R$ 843 para R$ 957. Os servidores tentam, desde a semana passada, uma reunião com o prefeito Alcides Bernal (PP) para definir a situação, mas alegam que não conseguem retorno. Nesta manhã, o presidente do sindicato dos guardas, Hudson Bonfim, se reuniu com o secretário de Administração, Ricardo Ballock.
No momento, está em vigor o reajuste de 9,57%, mas que pode não ser aplicado, se o Município entrar com ação e conseguir na Justiça parecer favorável a não aplicação. Os guardas municipais afirmaram que, o mais adequado seria o aumento de 9,57%, mas abrem mão se conseguirem garantir a elevação de nível que resultaria, segundo cálculos da categoria, custo de R$ 400 mil ao mês para os cofres municipais.
Ainda de acordo com Luciano, os profissionais permanecem na classe 3, que exige nível fundamental para o cargo, mas, atualmente a maioria deles tem nível médio. A Prefeitura mantém 1,2 mil guardas municipais.
Impasse – O reajuste de 9,57% já passou por vários capítulos. Primeiro, o Município apresentou este mesmo índice, em abril, mas os vereadores rejeitaram na ocasião. Depois, o prefeito alegou que não poderia mais apresentar tal reajuste, pois estava impedido pela regra eleitoral só podendo conceder o aumento referente à inflação do período (janeiro a maio), 3,31%.
O projeto com o novo índice foi aprovado, mas com uma emenda fixando em 9,57%. O prefeito vetou o aumento e, de volta à Câmara, os parlamentares derrubaram o veto. Ou seja, teoricamente o reajuste está valendo, mas a Prefeitura afirmou que vai tentar derrubar na Justiça.
*Matéria editada para acréscimo de informação às 12h21.