Guerra judicial deve atrasar monitoramento da cidade por câmeras
O questionamento de duas licitações deve atrasar a instalação de câmeras de vídeo em pontos estratégicos de Campo Grande. Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff (PT) liberou mais R$ 70 milhões para o projeto, mas, segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, não há como dar sequência sem uma resposta da Justiça.
“Estamos em questão judicial em duas licitações, uma delas o juiz liberou, mas a outra, que é uma rede de fibra ótica e cinco câmeras de precisão, continua em discussão”, informou Semy. Ele explicou que a pendência começou depois de a Caixa Econômica Federal ver erro na planilha.
“O projeto foi licitado em dezembro de 2012 e, quando mandamos o licitatório para a Caixa, a instituição viu um erro na planilha. Então, tomamos a decisão de licitar de novo, mas, como o contrato foi assinado, a empresa se sentiu no direito de ir à Justiça para não deixar o anular e conseguiu a liminar”, detalhou o secretário.
A licitação em questão prevê investimento de R$ 2,4 milhões. “Agora, com o novo prefeito, vamos tentar acordo com a empresa”, disse Semy. “Mas, no mínimo, a implantação do sistema vai atrasar”, emendou.
Ele também não descarta a chance de precisar remanejar os R$ 2,4 milhões e, depois, usar recursos próprios para pagar a rede de fibra ótica e as cinco câmeras a fim de garantir o andamento do projeto e evitar a perca da verba federal.
Além das câmeras, o projeto prevê a instalação de uma rede de controle das imagens para integrar todos os serviços públicos da cidade, como rede de água, energia, gás, sinalização, transporte urbano e recolhimento do lixo. Para efetivar essa etapa do projeto de vídeo monitoramento, a presidente Dilma liberou R$ 70 milhões.