Semy Ferraz culpa TCE por atraso na implantação de videomonitoramento
O secretário municipal de Infraestrutura e Transporte, Semy Ferraz, afirmou que a implantação do videomonitoramento na área central de Campo Grande não foi colocada em prática porque o TCE (Tribunal de Contas Estadual) determinou a suspensão da licitação. Enquanto o tribunal não se posicionar sobre os critérios desta seleção, o processo vai continuar parado.
“Estamos aguardando o TCE para poder licitar, só não foi feita até agora por causa desta restrição. O tribunal questionou os critérios do edital e não tomou uma decisão. Se eles determinarem que se mudem os critérios, então o processo irá andar”, afirmou ele, durante audiência pública na Câmara Municipal.
Ontem, o comandante da Policia Militar, coronel Carlos Alberto Davi dos Santos, afirmou que a falta deste sistema estava prejudicando a policia, já que se fosse colocado em prática iria facilitar o trabalho das autoridades e o comando poderia enviar o efetivo do centro da cidade para outra região.
Davi também argumentou que estava preocupado com esta “demora” e que existiam obstáculos na prefeitura municipal que estavam impedindo o sistema de sair do papel.
O deputado estadual Lídio Lopes (PP) apresentou na Assembleia um levantamento de crimes na área central da Capital. Ele revelou que neste primeiro semestre já aconteceram 1.557 ocorrências e que esta situação é fruto da incompetência e incapacidade administrativa do prefeito Alcides Bernal (PP).
O parlamentar fez questão de destacar que o recurso de R$ 2 milhões advindos do Ministério da Justiça, para aquisição de 22 câmeras, 14 viaturas, 14 motocicletas e outros materiais para Guarda Municipal, poderiam ser “perdidos” pela falta de ação da prefeitura. Lídio ponderou que Bernal cancelou a licitação do videomonitoramento que havia sido aberta pelo ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB).