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Capital

Há 4 anos sem Wesner e sem Justiça: mãe pede júri de réus por morte em lava jato

“Eu tenho certeza que dentro daquele tribunal tem uma pessoa que tem coração de carne e vai colocar eles atrás das grades”

Aline dos Santos | 13/02/2021 16:59
Família protesta no "aniversário de morte" de Wesner Moreira da Silva. (Foto: Reprodução)
Família protesta no "aniversário de morte" de Wesner Moreira da Silva. (Foto: Reprodução)

Reunida no cemitério onde Wesner Moreira da Silva está sepultado, a família cobra a realização do júri popular para os autores da agressão que resultaram na morte do rapaz de 17 anos. Ele foi violentado em lava jato de Campo Grande, numa “brincadeira” estúpida em que uma mangueira de ar comprimido foi introduzida no ânus da vítima.

“Marca esse dia [do julgamento]. Vai ser o dia da nossa vitória. Eles estão andando por aí e zombando da Justiça. Eu tenho certeza que dentro daquele tribunal tem uma pessoa que tem coração de carne e vai colocar eles atrás das grades. Esse dois monstros acabaram com a nossa família”, diz a dona de casa Marisilva Moreira Silva, mãe de Wesner.

A agressão foi em 3 de fevereiro de 2017. O rapaz foi hospitalizado, mas morreu no dia 14 daquele mês. Desde o crime, a mãe mobiliza protestos e ações para que a morte do filho não se perca no esquecimento.

A luta de Marisilva ao longo do tempo se conta em lágrimas, entrevistas e nos cabelos que foram do castanho ao branco. Dias após a morte, chorou abraçada ao banner com a foto do adolescente. Hoje, levou a imagem ao gramado do cemitério.

Em fevereiro de 2017, Marisilva chora ao lado da foto do filho. (Foto: André Bittar/Arquivo)
Em fevereiro de 2017, Marisilva chora ao lado da foto do filho. (Foto: André Bittar/Arquivo)

Em julho de 2019, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) determinou que Thiago Giovanni Demarco Sena (dono do lava-jato), e William Henrique Larrea (funcionário) fossem levados a júri popular.

No ano passado, em 28 de maio, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, ordenou a inclusão do processo na pauta de julgamento. Marco da chegada da pandemia, 2020 teve a paralisa dos júris e no retorno foi dada prioridade aos réus presos.



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