Um ano e meio após morte em lava-jato, família terá R$ 636 de pensão
Decisão da Justiça determina o pagamento de indenização aos pais do jovem que teve mangueira introduzida no corpo
Um ano e meio depois do crime, os pais de Wesner Moreira da Silva, morto aos 17 anos após ser violentado em um lava-jato no bairro Morumbi, em Campo Grande, vão receber pensão mensal no valor de dois terços do salário mínimo. Thiago Giovani Demarco Sena e Willian Henrique Larrea terão que dividir o valor de R$ 636, que deve ser pago, segundo determinou a Justiça, até a data em que Wesner faria 25 anos.
“O homicídio doloso no caso em tela restou comprovado, e causou imensa perda a seus familiares e em especial aos pais, que necessitavam do auxílio do falecido para sua subsistência, posto que não exercem atividade remunerada e recebem apenas auxílio de outro filho, o que mal dá para o sustento, e com a brutal perda de seu filho inevitável a piora de sua condição e financeira, já que a vítima contribuía para a manutenção do sustento de sua família”, afirmou a defesa dos pais, Marisilva Moreira da Silva e Valdeci Ferraz da Silva.
Caso - Wesner foi ferido com mangueira de alta pressão de ar em um lava-jato, no dia 3 de fevereiro de 2017, e morreu no dia 14 do mês mesmo, 11 dias depois de internado na Santa Casa da Capital.
Os dois suspeitos de terem cometido o crime contra o adolescente, Thiago Giovanni, dono do lava jato, e Willian trabalhavam com a vítima no local.
Quem denunciou a dupla foi o primo da vítima, de 28 anos, que, na delegacia, disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.