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Há 51 dias, família aguarda notícias de idoso desaparecido: "Pior Natal da vida"

Aluzio Pereira da Cruz, 88 anos, saiu de casa no dia 5 de novembro, no Jardim Paulista

Silvia Frias | 26/12/2022 14:26
Laurinda e Aluizio, que completam 65 anos de casamento em 2023. (Foto/Arquivo pessoal)
Laurinda e Aluizio, que completam 65 anos de casamento em 2023. (Foto/Arquivo pessoal)

“Foi o pior Natal de nossas vidas”, lamentou Ivanir de Souza Pereira que há 51 dias busca informações do pai, o aposentado Aluísio Pereira da Cruz, 88 anos. Diagnosticado com Alzheimer e Parkinson, ele desapareceu em novembro, sem deixar rastro.

“É horrível, você não tem noção, passar esses dias assim, sem pistas, sem nada, coisa muito estranha”, disse Ivanir. Ela diz que a família chegou a alugar uma chácara no começo do ano, justamente para festa de Natal, mas depois do desaparecimento de Aluísio, tudo foi desmarcado.

O casal com os filhos em dia de reunião festiva. "Não tem mais clima", diz Ivanir.
O casal com os filhos em dia de reunião festiva. "Não tem mais clima", diz Ivanir.

No Natal, os irmãos e netos se reuniram com a matriarca Lindaura, fizeram ceia, mas sem festa. “Ela foi dormir cedo, não tem clima”.

Aluísio foi visto pela última vez na Rua Robertino Braga, no Bairro Jardim Panamá, onde mora com seu filho e esposa. Desde aquele período, amigos e familiares se mobilizaram e espalharam cartazes pela região onde ele mora.

Até agora, nenhuma informação os levou até o aposentado. A única que acendeu fagulha de esperança foi de uma moça, residente no Espírito Santo, que mandou a foto de idoso perdido na cidade. “Era muito parecido mesmo, mas não era ele”, infelizmente. Ivanir agradeceu e pediu que a pessoa ajudasse na divulgação do caso naquele estado.

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Depois que o pai desapareceu, Ivanir soube do caso de idoso residente na Bahia e foi encontrado em outro estado, pois havia viajado de carona.

“Pode ser que caminhoneiro tenha dado carona, ficou com medo de falar porque entrou polícia na história”, disse, acrescentando que se este for o caso, não faz questão da identificação do caminhoneiro, apenas que a pessoa entre em contato e fale o que sabe.

A teoria ganha força por conta do Alzheimer, que fez o idoso revisitar o passado. “Ele tinha picos de lucidez, mas falava muito quando era jovem, que montava a cavalo com o pai dele”, disse Ivanir.

Nesta época da vida, Aluísio morava em Curicuri (PE). Ainda jovem, se mudou para Cuiabá (MT) e, posteriormente, para São Paulo (SP) e para Mato Grosso do Sul. “Se ele viajou, vai estranhar, tá tudo muito mudado, não sei nem mais o que pensar”.

A família ainda aguarda notícias dele e, quem sabe, comemorar data especial em 2023: em julho, ele e Laurinda vão completar 65 anos de casado. "Vamos festejar de novo, quando meu paizinho voltar, se Deus quiser".

Ajuda - Segundo Ivanir, seu pai nunca havia saído assim antes e costumava somente ir até o portão para cumprimentar os vizinhos. Morando há 50 anos no mesmo local, a filha diz que ele é bastante conhecido na região. Antes de sair de casa, Aluísio usava uma camisa social de manga longa, uma jaqueta vermelha e um boné do Palmeiras.

Quem tiver informações pode ligar no 190 ou nos telefones do cartaz acima.

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