Há três décadas, comerciantes esperam por recapeamento na Mascarenhas de Moraes

“Tô aqui vai fazer 29 anos e só vi serviço de tapa buraco sendo realizado”. O relato é do comerciante Antônio Joagno, 61, que há quase três décadas espera pelo recapeamento da Avenida Mascarenhas de Moraes, no Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande. O comerciante relatou para a reportagem, na manhã desta quinta-feira (23), que a via está cheia de desníveis no asfalto e não há sinalização adequada, o que atrapalha o fluxo de clientes.

Antônio relata que acontecem muitos acidentes na avenida e avalia que a via precisa de um redutor de velocidade para ajudar a controlar o fluxo de veículos que passam pelo local em alta velocidade e colocam, inclusive, a vida de ciclistas em risco. “É péssimo pra quem anda de bicicleta. Essa avenida foi considerada há uns 15 anos atrás a avenida da morte”.

Conforme relatado pelo comerciante Luiz Carlos Nascimento, 56, a Avenida Cônsul Assaf Trad recebeu recapeamento até onde está localizado o Terminal General Osório. A expectativa era de que a Mascarenhas de Moraes, continuação da Cônsul Assaf Trad, também fosse beneficiada. “Até agora nada. Fizeram até o terminal e parou. Quando recapear, não vai mudar muita coisa com os clientes, mas vai melhorar”.

Sinalização - De acordo com Luiz Nascimento, muitos acidentes no local são causados por condutores que saem da Mascarenhas de Moraes, sentido Tamandaré, e querem virar à esquerda na Rua Pio Rojas, via de mão única. “Os motoristas precisam parar no meio da avenida para fazer essa conversão, que é proibida, e daí causa acidentes. Como o fluxo é grande, vai formando fila de carro ali”.

O empresário Luciano Vieira, 45, também aponta que o local fica perigoso quando o semáforo fica intermitente e cita um problema recente com a sinalização no cruzamento com Rua das Missões. O semáforo entortou e os motoristas não conseguem enxergar. “A parte vermelha está virada pro outro lado faz mais de duas semanas e já aconteceu acidente, e ninguém vem arrumar”.

Expectativas - Antonio Joagno diz que não sabe quanto tempo ainda terá que esperar pelo recapeamento, mas avalia que “toda obra acaba atrapalhando quando está acontecendo, o lado bom é que o recapeamento vai transformar a avenida num tapete, então vai ter mais velocidade”.

Luciano Vieira ressalta que o recapeamento é necessário, principalmente para garantir a segurança no trânsito. ”Aqui abre muito buraco que dá medo. Eu tô aqui desde 2001 e nunca teve recapeamento. Eu achei que ia ter, eles vieram até o terminal, mas de lá pra baixo nada”.

Luiz Nascimento espera que com o recapeamento as condições de tráfego melhorem na avenida. "Quando recapear, não vai mudar muita coisas com os clientes, mas vai melhorar".

A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande na manhã desta quinta-feira (23), para questionar os problemas relatados pelos comerciantes e a respeito da previsão de recapeamento da avenida e aguarda posicionamento.

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