Homens são os que mais somem por doença mental ou uso de droga
Os dados retirados do sistema da polícia fazem parte de um anuário, que tem por base estatísticas de pessoas
Homens são os que mais desaparecem por doença mental ou abuso de drogas e álcool, conforme divulgado pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), na manhã desta quinta-feira (20).
Os dados, retirados do Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional), fazem parte de um anuário estadual, que tem por base estatísticas de pessoas desaparecidas, números, segmentação por idades, gênero e causas do desaparecimento.
O documento é um controle social para que sejam desenvolvidas políticas públicas e formas de trabalho. “É um orientador para definição de políticas públicas e tomada de decisões operacionais para melhorar a atuação e apuração de buscas de pessoas desaparecidas”, conforme o delegado Carlos Delano, titular da DEH.
No ano passado, foram registrados em Mato Grosso do Sul 1.839 casos de desaparecimento. Desse número, 733 pessoas foram localizadas e 1.106 ainda não foram encontradas. Segundo o delegado, 98% das pessoas são encontradas vivas, e 85% ainda nas primeiras 72 horas. As principais causas de desaparecimento são: involuntário (51.80%), voluntário (46,80%), civil (0,70%) e criminoso (0,70%).
A classificação das causas do desaparecimento é feita depois que a pessoa aparece, com base no relato da pessoa. A maioria do desaparecimento involuntário é decorrente de patologias mentais, incluindo a doença de Alzheimer ou abuso de droga e álcool. O delegado explica que é muito importante o registro na delegacia, não importa o tempo em que a pessoa está desaparecida. “A polícia só passa a atuar no momento em que há o registro do boletim de ocorrência”, disse.