Hospital diz que home care para filho de vereador é oferecido de forma integral
Roberto Avelar chegou andando no Hospital do Pênfigo e saiu acamado; família aponta erro médico
O Hospital Adventista do Pênfigo afirmou que oferece home care integral para Roberto de Avelar Júnior, 31 anos, filho do vereador Beto Avelar (PSD). O posicionamento é em razão a situação de Roberto que está em estado neurovegetativo após passar por cirurgia na instituição, no qual, o vereador relata não receber o atendimento integral, em casa.
“Desde junho de 2022 o Hospital Adventista do Pênfigo, em conjunto com outras duas empresas, responde a um processo movido pelo vereador Roberto de Avelar, em razão de uma intercorrência, de causa desconhecida, envolvendo seu filho Roberto de Avelar Junior. Em agosto de 2022, fora deferida a liminar, determinando a disponibilização de serviços de Home Care para o paciente em questão, o que vem sendo cumprido integralmente pelas três empresas, desde a referida decisão”, esclarece por meio de nota.
Além disso, o hospital rebate a informação sustentada pelo parlamentar de que o anestesista não estava na sala e que nenhum profissional agiu antes que uma enfermeira saísse do local e retornasse trazendo o anestesista.
“A análise do relatório da sindicância é perfeitamente claro que, quando da ocorrência da intercorrência, o paciente foi prontamente atendido. Independente do anestesista estar ou não na sala, não houve qualquer omissão por parte da equipe que estava realizando o procedimento”.
Outro lado – De acordo com Beto Avelar, o hospital começou a cumprir parcialmente com a decisão no dia 13 de dezembro de 2022, o que deveria ter acontecido em agosto daquele ano.
“É mentira. Até hoje não nos forneceram alimentação, não foi oferecida a dieta enteral prescrita, não forneceram a medicação, não forneceram a totalidade dos insumos hospitalares, não forneceram o terapeuta ocupacional”, dispara.
Ainda segundo o vereador, atualmente, está sendo disponibilizado técnicos de enfermagem, enfermeiro, médico clínico geral, fonoaudiólogo. “É troca constante, não tem continuidade”, disse.
Em relação à omissão da equipe médica, Avelar conta que o anestesista foi indiciado por lesão corporal gravíssima dolosa. Segundo ele, no dia do acontecimento, o anestesista não estava na sala e quando o filho começou a apresentar ritmo cardíaco irregular, a enfermeira circulante que foi verificar os batimentos e ela mesma teve que fazer a massagem cardíaca. Segundo conta a família, tudo isso ocorreu após a demora de ir chamar o anestesista em outra sala a pedido do cirurgião.
“Foi um circo de terror aquilo. Ele [anestesista] vinha fazendo uma jornada de 12 por 12, sem intervalo”, lembra.
História - Roberto deu entrada no Hospital Adventista do Pênfigo, unidade da Avenida Gunter Hans, em Campo Grande, no dia 25 de fevereiro de 2022. Ele chegou acompanhado pela mãe, dirigindo o carro e se internou para fazer cirurgia ortopédica com o objetivo de remover uma placa no braço esquerdo. Na sala de cirurgia, ele foi anestesiado e, dez minutos depois, sofreu parada cardíaca.
No final de 2021, Roberto Júnior começou a sentir dores no braço e decidiu retirar o aparelho. O pino foi colocado após acidente sofrido há uma década. Júnior sofreu várias fraturas e seu melhor amigo morreu.