Hospital do Câncer mantém atendimento, mas médicos aguardam reivindicações
Instituição possui déficit de R$ 770 mil mensais e espera poder aumentar orçamento para garantir custeio
Apesar do déficit de R$ 700 mil, o HCAA (Hospital de Câncer de Campo Grande) garantiu que não terá paralisação no atendimento médico, ao menos, por 30 dias. Reunião na quinta-feira (19) entre representantes do corpo clínico e diretoria executiva estipulou que o pagamento, com vencimento de 20 de janeiro, deverá ser feito até o dia 31.
O pagamento vencido em 20 de dezembro do ano passado foi pago em 19 de janeiro. Além disso, foi feita a regularização dos medicamentos quimioterápicos em falta. Entretanto, os médicos ainda aguardam revisão de valores e regularização do serviço de patologia, até 20 de fevereiro.
Vale ressaltar que o hospital solicitou ajuda da prefeitura para custear o déficit de R$ 770 mil mensais. O município deve dar uma resposta até dia 26.
Estrutura - Ao todo, são 422 funcionários no geral, além de 75 médicos. Cerca de 99% dos pacientes são do SUS (Sistema Único de Saúde). São realizados aproximadamente 70% dos atendimentos oncológicos públicos de todo o Estado. Em 2022, por exemplo, foram realizados mais de 150 mil procedimentos, entre cirurgias, quimioterapias e radioterapias.
Na última segunda-feira (16), o presidente da FCPMS-HCAA (Fundação Carmem Prudente de Mato Grosso do Sul), Amilcar Silva Júnior, se reuniu com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), para apresentar estudo que possibilitaria sanar o déficit mensal e equilibrar as contas. O estudo deve ser retornado em dez dias.
“Desta forma, buscamos soluções conjuntas com os parceiros públicos para que unidos possamos continuar a prover os tratamentos aos pacientes oncológicos. A neoplasia é uma doença grave, cujos tratamentos devem ser realizados de forma célere e a diretoria também pretende junto aos médicos chegar a uma solução ainda nesta semana que não acarrete na interrupção dos atendimentos”, informou a unidade.
Ao lado da secretária-adjunta, Rosana Leite, R$ 1 milhão foi liberado para quitar a folha pendente.