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Capital

Hospital do Câncer tem déficit de R$ 700 mil e atendimentos podem ser suspensos

Diretoria do hospital se reuniu com poder público para definir estratégias de custeio da instituição

Guilherme Correia | 19/01/2023 11:09
Entrada do Hospital do Câncer, em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Entrada do Hospital do Câncer, em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

HCAA (Hospital de Câncer de Campo Grande) afirma que há déficit de R$ 700 mil mensais para custear o hospital e, após atraso no pagamento de médicos, a categoria pretende paralisar o trabalho na próxima segunda-feira. O hospital informou que o pagamento vencido em 20 de dezembro de 2023 só foi quitado na tarde de quarta-feira (18).

Entretanto, as reivindicações dos médicos do corpo clínico deverão ser discutidas em reunião que está sendo providenciada pela diretoria executiva nesta quinta-feira (19). A expectativa é que os itens reivindicados sejam analisados, mas o hospital afirma que a “capacidade financeira da instituição encontra-se em grave situação”.

Ao todo, são 422 funcionários no geral, além de 75 médicos. Cerca de 99% dos pacientes são do SUS (Sistema Único de Saúde). São realizados aproximadamente 70% dos atendimentos oncológicos públicos de todo o Estado. Em 2022, por exemplo, foram realizados mais de 150 mil procedimentos, entre cirurgias, quimioterapias e radioterapias.

Na última segunda-feira (16), o presidente da FCPMS-HCAA (Fundação Carmem Prudente de Mato Grosso do Sul), Amilcar Silva Júnior, se reuniu com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), para apresentar estudo que possibilitaria sanar o déficit mensal e equilibrar as contas. O estudo deve ser retornado em dez dias.

“Desta forma, buscamos soluções conjuntas com os parceiros públicos para que unidos possamos continuar a prover os tratamentos aos pacientes oncológicos. A neoplasia é uma doença grave, cujos tratamentos devem ser realizados de forma célere e a diretoria também pretende junto aos médicos chegar a uma solução ainda nesta semana que não acarrete na interrupção dos atendimentos”, informou a unidade.

Ao lado da secretária-adjunta, Rosana Leite, R$ 1 milhão foi liberado para quitar a folha pendente.

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