HU vê lotação triplicar com problema na Santa Casa e atende em cadeiras
Uma das ponta do vacilante tripé do atendimento hospitalar em Campo Grande, o HU (Hospital Universitário) de Campo Grande viu a tradicional superlotação de todo dia “explodir” durante a restrição de atendimento no Pronto-Socorro da Santa Casa, que, junto com o HR (Hospital Regional ) Rosa Pedrossian forma a rede dos principais hospitais da cidade.
Na quinta-feira (dia 3), durante o cenário mais crítico, tinha paciente até no banheiro, enquanto muitos se espalhavam pelo corredor. Nesta data, foram 58 pacientes, num espaço com 18 leitos.
O PAM (Pronto Atendimento Médico) do HU convive com a média diária de 35 pacientes, o dobro da capacidade. No dia 3, chegou-se ao ápice da superlotação. Treze pessoas foram atendidas em cadeiras, enquanto maca de ambulância ficou retida.
Conforme o hospital, nesta terça-feira (dia 8) são 46 pessoas atendidas no PAM, sendo 10 na área vermelha (casos graves), oito na área amarela (atendimento de urgência) e 28 na área verde (sem gravidade).
Com os corredores cheios, a geografia da dor ainda tem cinco pacientes em cadeiras. Dos dez da área vermelha, seis estão com ventilação mecânica e aguardam vaga no CTI (Centro de Terapia Intensiva), lotado com oito pacientes.
Dos 18 leitos oficiais, são 7 vagas na área vermelha, oito na área amarela e três na área verde. Para quem precisa, até o atendimento improvisado é digno de elogio.
“Melhor no corredor medicado, do que na fila de espera”, diz a acompanhante de uma paciente, que pediu para não ter o nome divulgado. Segundo ela, os funcionários são atenciosos e sempre passam trocando as roupas e perguntando sobre o estado de saúde do paciente.