Incêndio de grande proporção preocupa moradores e prejudica trânsito em bairro
Um incêndio em vegetação de grande proporção preocupa os moradores da Rua Betim, no Bairro Guanandi II, e causa transtorno aos motoristas que passam pela região, devido à nuvem de fumaça, na noite desta terça-feira (24), em Campo Grande. Três viaturas auto-bomba do Corpo de Bombeiros e cerca de oito militares foram mobilizados para fazer o combate ao incêndio.
O pedreiro José Francisco, 42 anos, proprietário de uma casa na frente da área incendiada entrou em desespero e começou a fazer o combate ao incêndio com baldes de água. “Minha casa tem material inflamável como plásticos e madeiras secas. Meu medo é que queime minha casa aí quem vai arcar com os prejuízos”, explicou.
O vendedor Jeferson Rodrigues da Silva, 19, disse que o fogo começou por volta das 17h e já a terceira vez que o acidente acontece em menos de quatro dias. “Domingo pegou fogo, ontem pego fogo e hoje de novo. Acredito que é o dono de uma chacará próxima que está ateando fogo. Minha preocupação é que as chamas cheguem até o muro da minha casa e o danifique”, comentou.
Conforme o Corpo de Bombeiros, provavelmente o incêndio foi provocado por algum morador, por que não existe causas, como tempo seco, que possam ter provocado o acidente. Segundo os militares, para fazer o combate das chamas será necessário utilizar mais de 10 mil litros de água.
Segundo a cozinheira Luciana Pereira, 29, quando o fogo começou os vizinhos começaram a retirar os veículos das garagens e os móveis de dentro das casas temendo que pegassem fogo. Ela conta que até mesmo animais tiveram que se esconder do incêndio. “As capivaras que vivem no parque próximo saíram correndo. Eram passarinhos, lagartos e outros bichos saindo deste matagal”, mencionou.
A dona de casa Suely Souza, 49, reclama da dificuldade para respirar. “A coisa está feia por que não conseguimos respirar. O pior que o bairro é cheio de crianças. Para conseguir dormir não vai ser fácil nesta noite com esse cheiro de fumaça”, apontou.
A nuvem de fumaça pode ser vista de longe. Motoristas que passam pela Avenida Ernesto Geisel, Rua Cambé e Clevelândia precisam reduzir a velocidade por que a visão está prejudicada. Não é possível enxergar as pistas.
Teve motorista que preferiu dar a meia volta. “Está complicado, não dá para passar. O risco é de que aconteçam acidentes”, finalizou o condutor Jeferson da Silva, 27.