Interdição da antiga rodoviária causou prejuízos de até R$ 14 mil a lojistas
Os comerciantes do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, onde funcionava a antiga estação rodoviária, alegam prejuízos que chegam a R$14 mil em decorrência da interdição do prédio, que durou uma semana. Ontem (04), o Corpo de Bombeiros concedeu alvará provisório, com validade de 90 dias, para que as atividades no local pudessem ser retomadas.
Um dos mais prejudicados por conta dos dias parados foi o empresário Celso Gabriel da Silva, 42 anos, proprietário de uma fábrica de salgados congelados.
O empresário conta que distribui de 500 a 800 salgados por dia, mas já chegou a entregar 2 mil. Ele conta que muitos clientes que deixaram de ser atendidos durante os dias que ele esteve com a empresa fechada buscaram outros fornecedores, e por conta disso, a demanda diminuiu.
Gabriel ressalta que, apesar de todos os problemas, ele não pretende deixar o local, e avalia a interdição como uma situação superável. “Inclusive eu me juntei aos demais comerciantes para juntos a gente fazer o que dava pra tentar abrir aqui novamente. Mesmo com toda essa instabilidade eu não penso em sair daqui. Porque o preço do aluguel é bom e o prédio é bem localizado, tem um estacionamento grande e oferece todas as condições para que o cliente possa vir até aqui”, disse.
Instalado há 36 anos no prédio da antiga rodoviária, o comerciante José Paulino, 72 anos, ou “Zé Paulino”, como é chamado pelos fregueses, conta que nos dias anteriores ao fechamento, os clientes praticamente sumiram, em virtude da instabilidade que a notícia que o prédio seria interditado pelos bombeiros.
“Infelizmente o nosso movimento já não estava bom, aí quando começou a ser divulgado que o prédio aqui tinha alguns problemas, e poderia ser fechado a qualquer momento, o pessoal que passava aqui pra comprar um calçado, uma camiseta ou cinto, por exemplo, não estava vindo mais. A gente ficou quase uma semana assim até fechar de vezes”, disse.
Agora, feitas as devidas adequações, Zé Paulino se diz esperançoso e espera que, não só ele, mas todos os comerciantes voltem a viver “tempos áureos”.
“Eu cheguei a ter quatro funcionários e a loja vivia cheia de gente. O movimento era muito grande, não só aqui, mas em todas as outras lojas. A gente espera que a população entenda que aqui é um lugar bom pra visitar e volte a comprar aqui. E estamos caminhando pra isso”, comentou.
A sindica do Centro Comercial, Rosane Nely Lima, reitera que mesmo o alvará sendo provisório, o prédio não corre o risco de ser novamente interditado, e pode ser prorrogado por mais 90 dias ou até que o projeto de readequação total do prédio seja concluído, que inclui sinalização, rota de fuga em caso de sinistro, iluminação e emergência; brigada de combate a incêndio e ART de um engenheiro eletricista com um projeto das instalações elétricas.
A reabertura só foi possível com apoio dos 50 lojistas, ainda com comércio aberto no local, que se uniram e juntaram R$ 80 mil para instalar a estrutura mínima de prevenção e combate a incêndios exigida pela corporação.