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Capital

Interrogado em juízo, réu por matar namorada deixa Fórum em silêncio

Ewerton Fernandes da Silva passou de vítima a suspeito e chegou a ser preso em 2023

Por Antonio Bispo e Geniffer Valeriano | 25/03/2024 17:05
Ewerton Fernandes da Silva deixando a audiência ao lado de familiares (Foto: Paulo Francis)
Ewerton Fernandes da Silva deixando a audiência ao lado de familiares (Foto: Paulo Francis)

Ewerton Fernandes da Silva, de 35 anos, suspeito de matar a tiros a namorada Bruna Aquino, de 22, no dia 1º de setembro de 2021, passou por audiência na 1ª Vara Criminal na tarde desta segunda-feira (25). O crime aconteceu no Jardim Itamaracá, em Campo Grande,

Respondendo em liberdade pelo crime, a audiência durou cerca de uma hora, mas, na saída, o homem não quis falar com a equipe de reportagem, que foi impedida pelos advogados de se aproximar. A equipe também não pôde acompanhar o interrogatório.

Ao Campo Grande News, os advogados Lucas Arguelho e Nicolas Pelat relataram que Ewerton vem sofrendo ameaças e que a família dele está sendo hostilizada. Contaram, também, que a audiência transcorreu normalmente.

Nesta segunda-feira, foram ouvidos alguns familiares do acusado. A defesa trabalha na absolvição de Ewerton, alegando que conseguiu provar que os tiros efetuados contra Bruna partiram de fora do carro. “Os disparos saíram do lado da vítima e o acusado estava como motorista, ou seja, impossível na ótica pericial técnica de ser o autor, o que corrobora desde o início a defensiva que ele também figurou como vítima”, disse.

À época, o suspeito também chegou a ser atingido por um disparo no antebraço direito.

Advogados Lucas e Nicolas em conversa com a equipe de reportagem no Fórum (Foto: Paulo Francis)
Advogados Lucas e Nicolas em conversa com a equipe de reportagem no Fórum (Foto: Paulo Francis)

Os advogados afirmaram que era a segunda vez que o casal sofria um ataque a tiros. A primeira vez aconteceu dois dias antes da morte da Bruna, quando Ewerton estava do lado do passageiro, mas a dupla de atiradores apareceu do lado do motorista para atirar.

Eles suspeitam que o alvo fosse o Ewerton, porque na segunda vez foram direto no passageiro achando que ele estaria no banco do passageiro novamente. Mas nesse dia quem estava era Bruna, atingida pelos tiros que a mataram.

Quanto à nova investigação para identificar os supostos autores, a defesa informou que isso fica a cargo da Polícia Civil e do Ministério Público para abrirem uma nova investigação.

O crime - Conforme o registro policial, na época do crime, Bruna estava com o namorado em um Volkswagen Gol prata, quando um homem, não identificado, usando roupas escuras e capacete, se aproximou do veículo a pé, parou do lado da porta do passageiro e disparou contra o casal.

O namorado de Bruna contou à polícia que percebeu que havia sido atingido de raspão no braço e, logo em seguida, viu a jovem inconsciente, sangrando muito, por isso, acelerou o carro e foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. Segundo o depoimento de Ewerton, foram três ou quatro disparos.

Bruna chegou sem vida na unidade de saúde e a polícia foi chamada pelos funcionários da UPA. Na delegacia, Ewerton disse aos policiais que não sabia quem seria o autor dos disparos, mas contou que três dias atrás, entre os dias 29 e 30 de agosto, ele e Bruna foram perseguidos por dois homens em uma moto, que atiraram contra o carro, depois de confusão em casa noturna na Avenida Ernesto Geisel com a Avenida Salgado Filho.

Na data, a jovem chegou a ser atingida de raspão na nuca, mas preferiu não registrar boletim de ocorrência. Em depoimento, o homem afirmou que o disparo aconteceu depois que ele discutiu com um homem chamado "Wellington", que teria dado em cima da namorada.

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