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Capital

Investigador e motorista de deputado estão entre presos da Operação Omertà

Funcionário de Jamilson Name, que foi alvo das ações nesta manhã, é policial militar. Já o policial civil é lotado na DEH

Geisy Garnes | 18/06/2020 10:56
Equipes policiais envolvidas na operação na sede do Garras, nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)
Equipes policiais envolvidas na operação na sede do Garras, nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)

Um investigador da Polícia Civil e um policial militar que trabalhava como motorista do deputado Jamilson Name (sem partido), foram presos na manhã desta quinta-feira (18) durante a terceira fase da Operação Omertà, que investiga as ações de um grupo de extermínio em Mato Grosso do Sul.

Conforme apurado pela reportagem, o investigador alvo de mandado de prisão preventiva é Célio Rodrigues Monteiro, lotado na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crime de Homicídio). Ele está na unidade desde a época em que o delegado Márcio Shiro Obara era titular da delegacia especializada.

Obara também foi preso pela força-tarefa nesta manhã. Ele é apontado como o delegado citado nas investigações por receber propina de R$ 100 mil para “deixar” de apurar as execuções ordenadas pelo grupo criminoso.

Na época, o nome  de Obara não foi divulgado. Os documentos apresentados pela força-tarefa a justiça ainda ligavam o mesmo policial com o empresário fronteiriço Fahd Jamil Georges, que hoje também é alvo das ações policiais.

Além dos dois policiais civis, o Campo Grande News confirmou a prisão de um policial militar: o sargento Rógerio Luis Phelippe. Ele também trabalhava como motorista do deputado estadual Jamilson Name. Por meio da assessoria, o parlamentar respondeu que ficou sabendo da informação pela imprensa e que aguarda a divulgação de maiores detalhes sobre o caso.

Entenda – Equipes do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e do Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado) voltaram as ruas nesta manhã para a terceira fase da operação contra o grupo criminoso ligado a pelo menos quatro execuções em Campo Grande.

Mandados de prisão e também de buscas e apreensão são cumpridos em Campo Grande e em Ponta Porã. Os presos são levados para a sede do Garras. Até o momento, cinco pessoas estão na delegacia: Lucimar Calixto e Benevides Candido Pereira, apresentados como funcionários da empresa de títulos de capitalização, Cinthya Name. Segundo as investigações, ambos trabalham na empresa, apesar da defesa garantir que eles saíram há, pelo menos, 3 meses.

Também foi presa a sobrinha de Jamil Name, Lucas Silva e o funileiro Paulo Malaquias.

Outro nome da lista de alvos presos nesta manhã foi o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e atual conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), Jerson Domingos, de 70 anos. Em Ponta Porã, as equipes foram a mansão do empresário Fahd Jamil Georges, o “Fuad”, em Ponta Porã. A informação é de que um dos filhos dele foi preso durante a ação.

(Colaborou Marta Ferreira e Leonardo Rocha)

(Matéria editada às 11h18 para acréscimo de informação) 

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