Irmã reconhece guarda municipal como vítima de acidente com 2 mortes
Sônia Lira identificou corpo do irmão por uma placa de metal no ombro esquerdo e pelos pés; polícia ainda pode pedir DNA
Sônia Lira, a irmã do guarda municipal Anderson de Lira Ramos, de 37 anos, reconheceu um dos corpos carbonizados após colisão contra poste na avenida Mato Grosso. Ao deixar o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), ela revelou que o irmão tinha uma placa de metal no ombro esquerdo e que ela o reconheceu pelos pés.
A suspeita é que o segundo corpo seja de um rapaz de 21 anos, um aluno do guarda municipal que também trabalhava como instrutor de trânsito.
A Polícia Civil ainda pode solicitar exame de DNA para ter certeza que o guarda municipal é uma das vítimas do acidente.
Sônia foi até o Imol acompanhada de outros dois guardas municipais e preferiu não comentar mais nada sobre o caso. Já o irmão do rapaz de 21 anos também foi ao instituto, mas não falou com a imprensa.
Acidente – O acidente aconteceu por volta das 2h desta quarta-feira (27), na Mato Grosso quase esquina com a Rui Barbosa. As imagens das câmeras de segurança que o Campo Grande News teve acesso mostram gravações a 1h27 e a 1h30. Confira:
De acordo com a BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), na pista há marca de frenagem bem longa, mais ou menos de 57 metros, uma evidência de que o condutor estava em alta velocidade.
Por causa da batida, o veículo pegou fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os ocupantes não conseguiram sair a tempo e morreram carbonizados.
Suspeitas iniciais – No local do acidente, familiares não reconheceram o guarda municipal, embora tenham confirmado que o veículo pertencia a ele.
Teria sido encontrada uma arma de fogo no carro, informação até agora não confirmada. Segundo familiares, Anderson não tinha arma.
Antes da identificação, os parentes suspeitavam que o servidor teria sido vítima de roubo. “Ele saiu sozinho ontem [terça-feira, 26] por volta das 20h dizendo que ia receber o pagamento de um aluno, no bairro Aero Rancho. Horas depois já não atendia mais as ligações”, contou Sônia Lira, no início da manhã desta quarta-feira.
“A gente não sabe se um dos corpos é o de Anderson. E se meu irmão foi roubado? Ele não tem arma. Onde é que está o meu irmão?”, questionou durante a entrevista por telefone.