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Capital

“Isso vai cair”, avalia moradora em relação à obra que avança sobre o asfalto

Defesa Civil, equipes da Semadur e da Sisep foram acionadas por vizinhos para avaliarem o local

Por Ana Beatriz Rodrigues | 11/01/2024 13:45
Local onde esta 'desabando' segundo os moradores (Foto:Henrique Kawaminami)
Local onde esta 'desabando' segundo os moradores (Foto:Henrique Kawaminami)

“Eu estou com medo de ficar na minha própria casa, se isso (a obra) desmoronar, eu não tenho para onde correr”. O desabafo é de Célia Martins, de 55 anos, moradora da Rua Iara, no Jardim dos Estados, há anos, nos fundos da Avenida Ricardo Brandão.

Na manhã desta quinta-feira (11), parte do tapume que cobre a construção cedeu e caiu no grande buraco aberto para a construção dos sobrados. A cena deixou os moradores da região assustados. Célia contou ao Campo Grande News que o barulho foi bem forte.  “Pensei que uma máquina tinha caído, mas depois vi que o tapume havia se soltado. Mas dá para ver que isso vai cair a qualquer momento”, relatou.

Ela teme que o asfalto seja o próximo a ceder, já que é possível ver que a terra debaixo da pavimentação está caindo e a malha ficando oca. Ela e mais outra moradora, a professora Lucka Pimenta, acionaram a Defesa Civil para dar um parecer do local, se é seguro ou não para ficar, mas através do WhatsApp a equipe disse que estavam sem engenheiro para ir até o local, para fazer uma avaliação.

Celia Pimenta, contando sobre o medo de ficar em casa (Foto: Henrique Kawaminami)
Celia Pimenta, contando sobre o medo de ficar em casa (Foto: Henrique Kawaminami)

Além da Defesa Civil, equipes da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e da Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos) também foram acionadas pelas moradoras para avaliarem o local.

O terreno foi desmatado em março, para ser iniciada a obra de um novo condomínio de casas. A comunidade alega que no local há duas Áreas de Preservação Permanente: um terreno com um declive de mais de 45 graus numa encosta, onde está a margem direita do córrego, e do outro lado uma pirambeira de inclinação de 88 graus.

Denúncia - O motivo da primeira denúncia foi a retirada das 27 árvores que estavam localizadas no lote. A supressão foi autorizada pela Semadur e o órgão nega que o local seja uma Área de Preservação Permanente.

O terreno começa na Rua Iara, faz a volta por uma casa e termina próximo a um barranco na Travessa Dona Sabina, são 2.400 metros. Moradores alegam que a ação da construtora pode prejudicar animais que vivem na mata e até causar acidentes.

Funcionários da empresa fazendo reparos no tapume que caiu (Foto: Henrique Kawaminami)
Funcionários da empresa fazendo reparos no tapume que caiu (Foto: Henrique Kawaminami)

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