Jovem com suspeita de agressão do namorado não terá sequelas no rosto
Protagonista de um caso que chocou Campo Grande logo no início de 2014, a estudante Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, de 18 anos, tem uma boa notícia. De acordo com o cirurgião-dentista Arnóbio Luiz de Lima Nunes, responsável pela cirurgia no rosto da jovem, ela não terá sequelas físicas, nem perda de capacidade mastigatória ou dificuldade de movimentar o globo ocular.
A família da estudante acusa Matheus Georges Zadra Tannous, de 19 anos, então namorado da vítima, de agredir Giovanna no Réveillon. O rapaz, que teve o mandado de prisão expedido, nega a acusação. Há 29 anos na Santa Casa de Campo Grande e especialista buco-maxilo-facial, o cirurgião não quis comentar se as fraturas são compatíveis com a agressão denunciada pela família.
“Deixo a cargo da perícia. Trabalho em pronto-socorro há mais de 30 anos, já vi de tudo”, diz. Segundo Arnóbio Nunes, a perícia deve chegar a um laudo, pois são avaliados o tipo de agente, força e direção que ocasionaram o trauma. “Vão juntar todos os fatores”, salienta.
O hospital aguarda requerimento da Justiça para repassar o prontuário e registro geral de operação. Após isso, o responsável pela cirurgia deve prestar depoimento à Polícia Civil.
De acordo com ele, a cirurgia demorou três horas e foram colocados três placas e 12 parafusos. “Ela está bem”, diz, lembrando que análise é do ponto de vista físico, sem levar em consideração a parte psicológica. Foram duas placas do lado esquerdo da face e uma do lado direito.
Entre quatro e seis semanas, a jovem, que se recupera em casa, está com bloqueio rígido, ou seja, a mandíbula fica imobilizada para formação do calo ósseo. Giovanna se alimenta de líquidos e ontem começou a ingerir papinha. Com a dieta restrita, ela está pesando 38 quilos.
Segundo o profissional, ela não terá cicatriz, pois os pontos foram de cirurgia plástica. A jovem não recorda se foi agredida e ainda não prestou depoimento.