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Capital

Juiz começa a ouvir as primeiras 20 testemunhas da morte de delegado

Luciana Brazil e Viviane Oliveira | 21/11/2013 09:18
Testemunhas começam a ser ouvidas no Fórum de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Testemunhas começam a ser ouvidas no Fórum de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

Na primeira audiência, realizada hoje (21), no Fórum de Campo Grande, sobre o assassinato do delegado aposentado Paulo Magalhães, morto no dia 25 de junho deste ano, 20 testemunhas de acusação, arroladas pelo MPE (Ministério Público Estadual), deverão prestar depoimento. A audiência, que teve início às 8 horas, deve se estender por todo o dia.

Um guarda municipal de 26 anos que trabalhava com o acusado José Moreira Freires, 40 anos, que está preso, mas nega o crime, será uma das testemunhas de acusação, pois no dia do crime fez o plantão de José Moreira, a pedido dele. “Como eu estava de plantão no dia, acabei sendo chamado”, explicou. O acusado e a testemunha trabalhavam juntos em uma escola agrícola. “Esse caso foi um choque para todo mundo na escola”, finalizou.

Além de Freires, o segurança Antônio Benitez Cristaldo, 37 anos, também foi preso acusado de executar o delegado. O advogado de defesa do guarda municipal José Freires, Rêne Siufi, afirmou que até o momento não existem provas “concretas” que incriminem seu cliente.

Advogado de defesa diz que usará álibi para livrar cliente no momento oportuno (Foto: Marcos Ermínio)
Advogado de defesa diz que usará álibi para livrar cliente no momento oportuno (Foto: Marcos Ermínio)

Para Siufi, a polícia seguiu apenas uma linha de acusação e não existem provas suficientes para incriminar os acusados. “Não se tem uma prova concreta sobre o caso”, argumenta.

Siufi disse ainda que Freires tem um álibi que será usado no momento certo.

Ele não soube dizer se Freires estaria presente na audiência, já que quem solicita a presença é o juiz responsável pelo caso. Renê já solicitou um Habeas Corpus para o guarda municipal, mas ainda não foi julgado pelo Tribunal de Justiça.

No dia 12 de dezembro acontecerá a segunda audiência do caso e desta vez será a defesa de Benitez. No dia 18 haverá audiência de defesa do guarda municipal.

Morte - Paulo Magalhães foi assassinado no dia 25 de julho deste ano. O delegado aposentado morreu quando buscava a filha na escola, no bairro Jardim dos Estados. Ele foi atingido por cinco dos seis tiros de uma arma de calibre nove milímetros, de uso restrito do Exército.

Entre várias acusações, o delegado chegou a publicar o livro “Conspiração Federal”, no qual denunciava a instalação de câmeras clandestinas no presídio federal.

Ele também encaminhou dossiê denunciando magistrados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também ingressou com várias ações na Justiça denunciando desvio de recursos públicos.

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