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Cidades

Polícia confirma prisões, mas não revela motivo da morte de delegado

Edivaldo Bitencourt | 23/08/2013 09:35
Delegado foi executado no dia 25 de junho em bairro nobre (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Delegado foi executado no dia 25 de junho em bairro nobre (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas Neto, confirmou, em nota oficial, a prisão de dois suspeitos da execução do delegado aposentado e professor universitário Paulo Magalhães Araújo, 57 anos. Ele foi morto a tiros no dia 25 de junho deste ano em frente da escola da filha, no Jardim dos Estados.

Foram presos, na segunda-feira (19), o guarda municipal José Moreira Freitas e Antônio Benitez. Eles se apresentaram com advogado, ficaram presos porque havia mandados de prisão. No entanto, os dois negam participação na execução do professor.

No entanto, Razanauskas Neto se esquivou de divulgar as motivações do crime e quem seria o mandante ou mandantes do assassinato. “Brevemente vamos marcar uma entrevista coletiva, onde prestaremos esclarecimentos a sociedade e a imprensa. O importante é que a Polícia Civil está empenhada no caso e que o método de trabalho adotado por nós está tendo resultados positivos, o que prova que estamos no caminho certo”, garantiu.

A Polícia Civil não confirmou, contudo, a participação de um terceiro homem na execução do delegado. Informações divulgados extra oficialmente indicam que um homem chamado Rafael estaria foragido.

Razanauskas afirma que uma vez que o inquérito policial que apura o crime corre sob segredo de justiça, não pode divulgar maiores detalhes das prisões, nomes dos acusados e detalhes das investigações.

O advogado do guarda municipal, Renê Siufi, que é um dos maiores criminalistas do Estado, ressaltou que seu cliente não teve nenhuma participação no assassinato de Magalhães.

Polêmica – O delegado e professor universitário tinha uma vida polêmica. Ele tinha um blog em que denuncia corrupção na Polícia e em diversos órgãos públicos. Antes de ser morto, chegou a encaminhar um dossiê contra dois magistrados ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Ele também ingressou com quase 30 ações na Justiça para cobrar a devolução de pagamentos indevidos aos funcionários públicos.

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