Polícia conclui inquérito da execução de delegado sem apontar o mandante
A Polícia Civil, ainda esta semana, pedirá a prisão preventiva dos suspeitos de executar o delegado Paulo Magalhães, no dia 25 de junho, em Campo Grande. De acordo com o diretor geral da instituição, Jorge Razanauskas Neto, um inquérito policial em separado cuidará somente da investigação acerca “do mandante” ou "mandantes" do crime, já que até o momento eles não foram descobertos.
“Assim como ocorreu com o assassinato do vereador de Alcinópolis, a 402 quilômetros da Capital, no qual identificamos os suspeitos e sete meses depois os mandantes, vamos tocar o inquérito em separado para encaminhar os indiciados ao Ministério Público. Naquele caso, tempos depois, identificamos e indiciamos o ex-prefeito do município e três vereadores. No caso do Magalhães, acredito que será da mesma maneira e em breve eles serão descobertos”, afirma o delegado.
Desde o dia 22 de agosto, estão detidos nas celas do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), Antônio Benitez Cristaldo, 37 anos, e José Moreira Freires, o Zézinho, 40 anos. Além da execução do delegado, eles ainda são suspeitos de matar o 3° suspeito do crime, Rafael Leonardo dos Santos, 29 anos. Este último, conforme a Polícia, seria um “queima de arquivo”.
A dupla foi descoberta após diversas denúncias anônimas que o apontavam como suspeitos. A Polícia ainda possui interceptações telefônicas e análise de imagens nas proximidades do crime. José Moreira seria o pistoleiro e Antônio Benitez o comparsa que o ajudou na fuga, em um motocicleta identificada pela Polícia.
Crime - Paulo Magalhães Araújo, 57 anos, foi atingido por uma pistola de 9 milímetros, de uso restrito do Exército. Ele estava na frente da escola da filha, na rua Alagoas, bairro Jardim dos Estados, quando foi alvejado. As investigações seguem sob Segredo de Justiça.