OAB pede para investigar dossiês entregues pelo delegado Paulo Magalhães
A OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) pediu para a Polícia Civil investigar as denúncias feitas em supostos dossiês distribuídos pelo delegado aposentado Paulo Magalhães Araújo, 57 anos. Ele foi morto a tiros no dia 25 de junho deste no Jardim dos Estados.
A investigação foi prorrogada por mais 30 dias pela Diretoria Geral da Polícia Civil (DGPC). Apesar do caso ser investigado por vários delegados, incluindo-se o titular da Delegacia de Homicídios, Edilson Santos, e do Garras (Delegacia Especializada na Repressão de Assalto, Sequestro e Roubo de Banco), Alberto Vieira Rossi.
A entidade cobra a punição dos assassinos do delegado. A apuração rigorosa é uma das bandeiras da OAB/MS, que faz uma manifestação nesta quinta-feira na Capital.
“Recomendamos a inclusão do dossiê junto a outros dados já coletados na investigação. Esse é um documento importante que não pode ser desconsiderado”, afirmou o presidente da Comissão de Advogados Criminalistas, Luiz Carlos Saldanha Rodrigues Junior, que compõe o grupo nomeado pela OAB/MS, no dia 26 de junho, para acompanhar as investigações. O grupo conta ainda com a participação dos advogados Rodrigo Corrêa Couto, da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados (CDA), e o advogado Alexandre Franzoloso.
Segundo Saldanha, o dossiê, divulgado pela imprensa, que reúne todas as denúncias feitas por Magalhaes em seu blog pessoal, até o momento não foi objeto de investigação. Saldanha relata ainda que ainda aguarda a autorização da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para que os representantes da OAB/MS possam acompanhar o processo.
A Polícia não divulga informações sobre o caso por trata-lo sob segredo de Justiça.