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Cidades

Investigação da morte de delegado não avança com identificação de corpo

Graziela Rezende | 16/09/2013 17:40

Ainda sem saber as circunstâncias do crime e a motivação da execução do delegado aposentado Paulo Magalhães, 57 anos, a Polícia ressalta que a confirmação de que o corpo encontrado próximo ao lixão, como sendo de Rafael Leonardo dos Santos, 29 anos, o 3° suspeito a participar da execução, de nada adiantou para as investigações.

“Ele foi identificado e não mudou nada no rumo que já estavam as nossas averiguações, principalmente porque os outros suspeitos, identificados como o guarda municipal José Moreira Freires, o Zezinho, 40 anos, e Antônio Benitez Cristaldo, 37 anos, continuam sem falar nada. No interrogatório, eles permaneceram calados”, afirma o delegado Alberto Vieira Rossi, titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).

Nesta semana a Polícia ainda aguarda respostas sobre o pedido da quebra de sigilo telefônico e decide sobre o destino dos suspeitos. “O Dr. Edilson dos Santos, titular da DEH (Delegacia Especializada em Repressão a Homicídios), sobre a prisão deles, que é de caráter temporário e está prestes a vencer. Vamos decidir se estendemos o prazo, para mais 30 dias ou até mesmo se vamos representar pela preventiva”, explica o delegado.

Com relação a detalhes das averiguações ou possíveis mandantes, o delegado diz que não pode falar porque o caso segue sob Segredo de Justiça.

O Campo Grande News também esteve no bairro onde residem a mãe e outros familiares do Rafael, porém ninguém quis falar sobre o assunto, nem mesmo os vizinhos.

No dia 5 de setembro, José e Antônio foram identificados como pistoleiro e comparsa na fuga, sendo indiciados pelo homicídio qualificado por emboscada, uso de arma de fogo e motivo fútil.

Desde o início das investigações, de acordo com a Polícia, denúncias anônimas apontavam para o trio, porém a força tarefa de delegados ainda contou com a quebra de sigilo telefônico, bancário e a identificação da moto para chegar até os responsáveis pelo crime.

O assassinato de Rafael, com requintes de crueldade, teve o objetivo de dificultar a identificação. Além disso, a execução pode ter o objetivo de ser "queima de arquivo", ou para "mandar um recado" para alguém, conforme disse a Polícia.

Nova fase - Com a prisão, a Polícia entra agora em uma 2ª fase da investigação, na intenção de descobrir a “possível recompensa dos envolvidos, bem como o que eles fizeram com o dinheiro ilícito e quem seria o mandante do crime.”

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