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Cidades

Suspeitos de matar delegado podem ter solto "pistas falsas" à Polícia

Graziela Rezende | 05/09/2013 16:58
Guarda municipal, o Zezinho, desce de viatura da Polícia antes de entrevista coletiva na Capital (Foto: Marcos Ermínio)
Guarda municipal, o Zezinho, desce de viatura da Polícia antes de entrevista coletiva na Capital (Foto: Marcos Ermínio)

A “esperteza” dos suspeitos de executar o delegado Paulo Magalhães, no dia 25 de junho deste ano, em Campo Grande, não foi só no momento de permanecerem calados no interrogatório, mas também na hora de produzir “pistas falsas” para a Polícia Civil. De um lado inúmeras denúncias diziam que eles eram os autores, inclusive citando nomes, porém por outro lado informações levaram a investigação a fazer buscas em locais que não tinham envolvimento com o crime.

Um das casas, de acordo com um dos delegados envolvidos na investigação, foi a de um suspeito identificado apenas como Cláudio. Na ocasião, com um mandado de busca e apreensão, a Polícia recolheu alguns objetos e interrogou o proprietário do local, porém o envolvimento não foi comprovado.

Moto abandonada - Em outro momento, investigadores apreenderam uma veículo na avenida Mato Grosso, que conforme a denúncia dizia que o veículo teria sido abandonado por um suspeito logo após a execução do delegado. Mais uma pista falsa.

Os delegados não podem afirmar que tais denúncias falsas pertencem a José Moreira Freires, 39 anos, vulgo “Zezinho”, ou até mesmo a Antônio Benites Cristaldo, 36 anos, porém a Polícia acredita que as informações foram produzidas e amplamente divulgadas na imprensa, principalmente para despistar o foco nos envolvidos.

Além deles, a investigação aponta o envolvimento de Rafael Leonardo dos Santos, 29 anos. Ele continua foragido e ainda existe a suspeita de que um corpo encontrado no lixão há alguns dias, na saída para Sidrolândia, possa ser o seu. O caso entra agora em uma 2ª etapa de investigação.

Crime - Paulo Antunes Magalhães, 57 anos, foi atingido por uma pistola de 9 milímetros, de uso restrito do Exército. Ele estava na frente da escola da filha, na rua Alagoas, quando foi alvejado.

O próximo passo da investigação é descobrir o mandante ou os mandantes pelo assassinato. A Polícia suspeita que o crime tenha custado R$ 600 mil.

Delegados apresentaram hoje resultado da primeira etapa da investigação (Foto: Marcos Ermínio)
Delegados apresentaram hoje resultado da primeira etapa da investigação (Foto: Marcos Ermínio)
Antônio Benites chega algemado para apresentação no Garras (Foto: Marcos Ermínio)
Antônio Benites chega algemado para apresentação no Garras (Foto: Marcos Ermínio)
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