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Capital

Juiz condena um a 31 anos e absolve dois pelo latrocínio de Erlon Bernal

Advogado de acusação esperava pena máxima e vai recorrer contra a sentença

Renan Nucci | 29/04/2015 11:46
Corpo do empresário foi encontrado enterrado em casa no Bairro São Jorge da Lagoa. (Foto: Arquivo)
Corpo do empresário foi encontrado enterrado em casa no Bairro São Jorge da Lagoa. (Foto: Arquivo)
Otton Nasser, advogado da família, vai recorrer da decisão. (Foto: Marcelo Calazans)
Otton Nasser, advogado da família, vai recorrer da decisão. (Foto: Marcelo Calazans)

O advogado Otton Nasser esperava pena máxima para os envolvidos na morte do empresário Erlon Peterson Bernal, ocorrida em abril do ano passado, porém, o resultado da sentença disponibilizado oficialmente nesta quarta-feira (29) não foi o esperado. Dos quatro indiciados (apenas três foram julgados) por participação direta e indireta, somente Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, foi condenado por roubo, homicídio e ocultação de cadáver.

Ele vai cumprir pena de 31 anos de reclusão, com 450 dias de multa que podem ser convertidos. Segundo Otton, Rafael Diogo, 24, e Jefferson dos Santos, 21, foram absolvidos pelo juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal da Capital, por ausência de provas. Uma adolescente de 17 anos que seria moradora da casa onde o crime aconteceu não foi julgada neste processo. O advogado explica que a sentença é extensa e que analisa todos os detalhes para recorrer da decisão.

Crime - O inquérito policial apontou que Thiago marcou encontro com Erlon na rotatória das avenidas Interlagos e Gury Marques, no Bairro Doutor Albuquerque, na saída para São Paulo, dia 1º de abril do ano passado. Ele se passou por comprador do Volkwsagen Golf anunciado pela vítima na internet, e a convenceu a levar o carro até a casa onde ocorreu o assassinato, no São Jorge da Lagoa.

Na residência, Erlon se encontrou com Rafael, o Tartaruga, e a adolescente de 17 anos. Ele ficou aguardando um parecer dos bandidos que supostamente pagariam R$ 38 mil pelo veículo. Thiago entrou na casa, pegou um revólver emprestado por Jefferson e atirou na nuca da vítima que não teve tempo de reagir. Ainda vivo, o empresário teve o corpo enterrado em uma fossa de 4,5 metros, no quintal do imóvel. Dias depois, vizinhos sentiram o odor vindo da fosse descoberta e acionaram a polícia. Todos os acusados foram encontrados e presos.

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