ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Juiz manda despejar empresa que recebeu milhões por lâmpadas de LED

No endereço, na rua 15 de Novembro, cenário é de abandono e avanço do mato

Aline dos Santos | 27/06/2017 10:10
Imóvel  na rua 15 de Novembro foi alugado no ano passado para sediar empresa.  (Foto: Alcides Neto)
Imóvel na rua 15 de Novembro foi alugado no ano passado para sediar empresa. (Foto: Alcides Neto)

A Justiça determinou o despejo da empresa Solar Distribuição e Transmissão, que recebeu R$ 20,5 milhões da prefeitura de Campo Grande pelo fornecimento de lâmpadas de LED e desde julho ocupa prédio na rua 15 de Novembro, no Centro da cidade.

Dona do imóvel, a Maia e Albuquerque Ltda cobra aluguéis atrasados no valor de R$ 26.991,81. O contrato ia de julho de 2016 a julho de 2017, com pagamento mensal de R$ 6 mil. Mas os valores estão em atraso desde o mês de outubro.

No endereço da empresa em Campo Grande, informados tanto na Nota Fiscal quanto à Receita Federal, o cenário era de abandono na última sexta-feira (dia 23), com mato alto e correspondências com papel se desmanchando, num indicativo que enfrenta há tempos intempéries de chuva e sol.

No dia 8 de março, o juiz da 3ª Vara Cível, Juliano Rodrigues Valentim, determinou a desocupação do imóvel. Agora, foi determinado o despejo, pagamento da dívida e que a empresa arque com os custos do processo. O juiz destaca que Solar Distribuição não se manifestou nos autos. 

“No entanto, observa-se que sequer veio a juízo de defender, não deixando outro caminho que não o de ser da total acolhida à pretensão autoral”, informa o magistrado na decisão.

A reportagem entrou em contato com um número de Minas Gerais, informado no extrato do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), mas a ligação reporta que o telefone não existe. A empresa também é cobrada na Justiça por dívida com um advogado.

Contrato – A Solar foi convocada para audiência de conciliação no dia 5 de julho, quando será decidido o destino de 16 mil lâmpadas em estoque. O MPE (Ministério Público Eleitoral) entrou com ação na Justiça e pede a anulação do contrato da empresa com a prefeitura, devolução do R$ 20,5 milhões e do estoque do material.

O Ministério Público destaca a rapidez do processo de compra das lâmpadas de LED. Em menos de 15 dias, teve a publicação da adesão, entrega do material e pagamento.

Nos siga no Google Notícias