Júri inocenta travestis que mataram colega com pedras e canivete
Tese de legítima defesa acabou acatada pelo conselho de sentença
Quatro travestis foram inocentadas, nesta segunda-feira (25), depois que júri acatou a tese de legítima defesa apresentada por seus defensores e a própria acusação. O crime ocorreu há quase três anos quando o grupo matou uma colega a pedradas e golpes de canivete em Campo Grande, depois de ameaçadas por "cobrança de pedágio" por ponto de prostituição.
Somente Gustavo Berluchi Fernandes (Fernanda) e Evandro Chagas da Silva (Babi) foram até o Tribunal do Júri, enquanto Kelvis Luiz Cirilo dos Santos (Giovanna) e Rafael Proença do Amaral (Rafaela) tiveram dificuldades de acesso por ausência de localização ou mesmo alegação de falta de dinheiro para deslocamento de cidade paranaense até a Capital.
"Bruna Toro", como era conhecida Renato Souza dos Santos, 35 anos, extorquia as colegas em uma espécie de "pedágio" desde que havia saído do sistema prisional no início de julho de 2015. Durante uma dessas cobranças na Rua Estevão Capriata, Vila Progresso, acabou morta com sete golpes de canivete, pedradas e pauladas.
As quatro suspeitas do crime foram presas em pensionato na Vila Albuquerque por homicídio doloso, quando há intenção de matar, porém hoje o conselho de sentença compreendeu que todas agiram em legítima defesa diante das ameaças que sofriam.